CCXP: Até o ilustrador de Walking Dead estava ansioso pelo fim da HQ
O fim das histórias em quadrinhos de The Walking Dead pegou os leitores de surpresa - mas não foi tão repentino como muita gente imaginou. O ilustrador Charlie Adlard, que trabalhou na série da sétima edição até a última, a 193, revelou que o fim já era uma certeza quatro anos atrás.
"O fim foi planejado há muitos anos, acredite ou não", revelou o quadrinista hoje, durante um painel da CCXP. Segundo ele, tudo começou quatro anos atrás, quando ele enviou um e-mail para Robert Kirkman, o criador da história, perguntando se ele já tinha uma conclusão em vista. "Escrevi dizendo que podíamos acabar, já estávamos fazendo [a HQ] há um bom tempo".
"Eu só queria ter uma perspectiva de fim, porque na época já estávamos há 11 anos trabalhando", continuou Adlard. "No começo, você pensa 'que legal, vamos até o número 500', mas depois de muitas edições você pensa 'não, eu não aguento até a edição 500.' E você pensa quantos anos teria quando chegasse lá... Eu não queria estar fazendo Walking Dead quando chegasse aos 60 anos, quero fazer outras coisas também".
Na mesma época, Kirkman se deu conta que suas histórias estavam se encaminhando naturalmente para o fim - que foi satisfatório, na opinião de Adlard. "Fiquei feliz. Eu vi a lógica da trama, entendi como um ponto final".
Capas falsas
Adlard ainda falou sobre a capa falsa da edição (que nunca existiu) 196, que elegeu como uma de suas favoritas. A imagem mostra uma mulher e sua filha em frente ao que parece ser o túmulo de Carl.
"Será esse o túmulo do Carl? Quem sabe? Essa sempre vai ser a capa que ninguém vai ver. Foi interessante concluir essa etapa com ela. Fiquei satisfeito, especialmente porque muitas capas são feitas sob pressão. Então é bom olhar para o trabalho e saber que ficou bem feito".
Segundo o artista, a intenção das capas falsas era afastar rumores em torno do fim de Walking Dead. "A ideia era enganar todo mundo, criamos mais capas para convencer as pessoas de que a 193 não era a última."