Júlia Horta, de Minas Gerais, é eleita a Miss Brasil 2019
Júlia Horta, representante de Minas Gerais, é a vencedora do Miss Brasil Be Emotion 2019. Luana Lobo, representante do Ceará, ficou em segundo lugar, enquanto Bianca Lopes, de São Paulo, foi a terceira colocada.
A cerimônia foi realizada no centro de exposições São Paulo Expo, para uma plateia de cerca de 15 mil pessoas, e foi transmitida ao vivo pela Band. O apresentador Cássio Reis teve a companhia das últimas quatro vencedoras do Miss Brasil no comando da apresentação: Martina Brandt (2015), Raissa Santana (2016), Monalysa Alcântara (2017) e Marya Dias (2018).
Não se engane com o rosto bonito da jornalista mineira de 24 anos: na final do concurso, Júlia Horta mostrou que é muito mais do que isso. Ela desbancou as outras 26 candidatas de forma impecável, vencendo várias provas do concurso enquanto estavam confinadas em Campos do Jordão (SP). Além disso, foi visível, conforme o evento prosseguia, que a vitória tinha mesmo que ser da mineira, que agora representará o Brasil no Miss Universo, ainda sem data anunciada.
"Estou mesmo muito feliz. Quero ser um exemplo e usar esse título para ajudar as pessoas", afirma a mineira, que é formada em jornalismo e especializada em marketing digital. "Meu sonho é dar palestras e ser uma influenciadora digital", diz ela, que acredita que as redes sociais são uma ferramenta importante para passar mensagens que a agora Miss julga de grande importância, como sororidade, empatia e amor.
A mineirinha deu show!
Uma das candidatas mais aclamadas pelas redes sociais, Júlia Horta mostrou que tinha uma forte torcida assim que desfilou pela passarela na abertura do evento, ao som de "Aquarela do Brasil". Quando ocorreu o desfile de biquíni, com a cantora Luedji Luna performando "Banho de Folhas" no palco, o público foi à loucura mais uma vez.
Para quem não conhecia Júlia, a idolatria pela mineira de Juiz de Fora foi se justificando conforme prosseguia o Miss Brasil 2019, com transmissão pela Band. Júlia venceu uma etapa chamada "Desafio do Discurso", em que a coach de comunicação Madalena Bernardes avaliou quem tinha mais carisma e desenvoltura na hora de defender seus pontos de vista.
No palco, a mineira deu uma mostra dessa desenvoltura quando foi indagada pelo apresentador Cássio Reis sobre o que gostaria de fazer caso não houvesse regras.
"Creio que não faria nada diferente. Vivemos um período em que, com regras, já há muitas pessoas fazendo coisas erradas. Então não mudaria nada do que faço, preciso ser um exemplo a ser seguido", respondeu Júlia.
A mineira venceu também o "Júri das Misses", recebendo quatro votos de suas companheiras.
A miss ainda conquistou uma etapa do "Desafio da Beleza", em que as candidatas deveriam usar produtos da linha de maquiagem BE Emotion, patrocinadora do evento. Essa vitória lhe garantiu uma vaga entre as cinco primeiras candidatas da fase final do concurso.
Mas nem é preciso dizer que essa "mãozinha" não seria necessária para Júlia chegar à final e conquistar a tão cobiçada coroa de ouro branco cravejada com pedras preciosas e uma esmeralda, feita pela designer Gabriela Tannus e avaliada em R$ 50 mil.
Durante um momento inusitado, o apresentador Cássio Reis dirigiu-se à mesa dos jurados, que tinha nomes como a empresária Luiza Brunet e o estilista Alexandre Herchcovitch, e perguntou se o júri já tinha uma candidata preferida. "Estou apaixonada por várias delas, mas mais apaixonada pela miss Minas Gerais", disparou a jurada e youtuber Taciele Alcolea, que foi seguida pela executiva Rachel Maia: "A miss Minas Gerais esbanja elegância".
Depois de todas essas glórias na final do concurso, a coroação de Júlia Horta ainda contou com uma cerejinha no topo: com a conquista, Júlia quebrou um jejum de quase dez anos para seu Estado, que teve uma última vencedora em 2010, com Débora Lyra, miss que nasceu em Vila Velha, no Espírito Santo, mas cresceu em Minas Gerais. O estado, aliás, também fez bonito em 2007, quando a Miss Brasil Natália Guimarães, de Juiz de Fora, foi a vice-colocada no Miss Universo.
"Lute como uma miss"
O Miss Brasil 2019 também foi marcado por passar uma mensagem de empoderamento feminino. Enquanto as musas desfilavam pelo palco, o apresentador Cássio Reis fez questão de lembrar que o concurso não avalia apenas beleza, corpo e carisma das candidatas. "É tempo de pensar em causas sociais também", disse o apresentador.
Algumas misses adotaram um forte tom de engajamento em causas diversas. Além da campeã Júlia Horta, que falou sobre sororidade e empatia, chamaram atenção misses como Natali Vitória (Roraima), que pregou sobre como o "respeito à diversidade tem de ser acima de tudo", e Dagmara Landim (Piauí), que afirmou que uma das coisas que a fazem chorar é o fato de seu estado estar entre os que mais têm mulheres assassinadas.
O Miss Brasil 2019 também relembrou os mais de 100 casos de feminicídio que aconteceram no Brasil no ano. Com a mensagem "Lute como uma garota, lute como uma mulher, lute como uma miss", o evento relembrou que a violência contra a mulher no Brasil é reflexo de uma cultura machista.
Ainda seguindo essa linha empoderada, as misses finalistas desfilaram com seus últimos vestidos ao som de "Nunca Foi Sorte", de Luísa Sonza, uma música que começa com o seguinte trecho: "Quem disse que futebol é coisa pra menino? Quem disse que azul é a cor que ele tem que usar? Um homem que é homem de verdade cria uma filho mostrando pra ele o que a vida tem pra dar".
E assim acabou o Miss Brasil 2019, um evento mais empoderado, antenado com o cotidiano da mulher e engajado em causas sociais. O evento parece estar alinhado com o discurso da campeã deste ano, que afirmou em dado momento: "Temos muita coisa pra mudar. Participar ativamente da transformação do país".
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