Saiba de onde vêm 10 pratos superpopulares no Brasil
Não é novidade para ninguém que a culinária brasileira é bem rica e diversificada. Mas muita gente fica em dúvida quanto aos mitos e verdades em torno da origem dos pratos. A seguir, você vai encontrar 10 receitas muito comuns no Brasil, criadas aqui ou vindas de outros países. Confira.
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Imagem: USCS Imagem: USCS Feijoada
Estrela maior da culinária brasileira, a feijoada tem origem, na verdade, no continente europeu. A mistura das partes do porco, como pés, orelhas e rabo, foi criada em meados do século 19 pelos europeus e adaptada pelos portugueses com um ingrediente bastante usado no Brasil: o feijão preto. Há quem prefira o prato apenas com paio, linguiça e carne seca - a chamada versão "light", em vez da porção completa. Alguns acompanhamentos não mudam: arroz, couve refogada e farofa.
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Imagem: USCS Imagem: USCS Coxinha
São inúmeras as histórias em torno da famosa coxinha de frango. Tem gente que afirma que foi criada na França e há até quem diga que a origem é Santo André, no ABC Paulista. Porém o livro "História, Lendas e Curiosidades da Gastronomia" (Editora Senac, 2011), de Roberta Malta Saldanha, informa que a receita veio da cidade de Limeira, no interior de São Paulo, trazida pela cozinheira da fazenda da princesa Isabel e do Conde d'Eu. A autora conta que o filho do casal só comia coxas de frango. Certo dia, percebendo que o item estava em falta, a cozinheira teve a ideia de misturar batata e farinha e colocar pequenos pedaços desfiados de frango na massa em forma de coxinha. De cara, a iguaria caiu nas graças do paladar do brasileiro, com versões que incluem a famosa receita com catupiry.
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Imagem: USCS Imagem: USCS Cocada
Branca ou preta, com ou sem leite condensado, há quem afirme de pé junto que a cocada nasceu no Estado da Bahia. Contudo, a história não é bem essa. Mas a literatura indica que o doce foi criado pelos escravos africanos a partir da união do açúcar mascavo com o coco ralado, que eram misturados até o ponto de se entrelaçarem. Com o tempo, a água e o leite condensado foram acrescentados na receita, que pode levar também amendoim, castanha ou doce de abóbora.
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Imagem: USCS Imagem: USCS Pão de queijo
Sua origem parece incerta, porém há muitos relatos indicando que o pão de queijo foi criado em Minas Gerais no século 18. Estávamos ainda na época de escravidão e havia o costume de servir aos "senhores" pão com café. Como a farinha não era de boa qualidade, as cozinheiras a substituíam por polvilho e acrescentavam o queijo à receita. Assados em fogão a lenha e servidos sempre quentinhos, ganharam rapidamente o coração dos mineiros, se espalhando depois para vários cantos do país e do mundo, puro ou recheado com requeijão ou doce de leite, por exemplo.
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Imagem: USCS Imagem: USCS Musse
A origem exata é desconhecida, mas tudo indica que foi no início do século 18, quando chefes espanhóis teriam apresentado o chocolate aos franceses. Foi uma questão de tempo para que fizessem uma mistura com a musse original e surgisse a musse de chocolate. A sobremesa que leva creme de leite, leite condensado e a fruta escolhida atualmente possui variações, podendo ser preparada a partir de praticamente qualquer ingrediente - um muito popular é o maracujá.
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Imagem: USCS Imagem: USCS Cuscuz
Ao contrário do que muitos podem pensar, o cuscuz é um prato típico africano originário da região de Maghreb, ao norte da África. Foi trazido para o Brasil durante a colonização dos portugueses no século 15 e era bastante consumido com carne seca batida no pilão, com o objetivo de alimentar famílias pobres, escravos e bandeirantes. Seu principal ingrediente é a farinha de milho, mas pode ser feito com farinha de mandioca, de arroz ou aipim. O prato possui variações de região para região, incluindo versões doces ou salgadas.
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Imagem: USCS Imagem: USCS Brigadeiro
Presença obrigatória em festas e aniversários pelo Brasil, o brigadeiro ganhou esse nome devido à campanha presidencial do candidato Brigadeiro Eduardo Gomes, em 1946. Na verdade, teria sido uma homenagem promovida por um grupo de mulheres paulistanas engajadas na campanha do então candidato. A iguaria ficou tão popular na época que foi apelidada de "docinho do brigadeiro" e, mais tarde, somente "brigadeiro". Eduardo não venceu as eleições, mas o doce ganhou para sempre o coração e o gosto dos brasileiros.
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Imagem: USCS Imagem: USCS Quindim
Outro queridinho por aqui entre os doces, o quindim, originalmente, foi trazido de Portugal durante a colonização. As freiras da cidade portuguesa de Leiria usavam claras de ovo para engomar suas roupas e descartavam as gemas. Até que resolveram aproveitar o ingrediente, acrescentando açúcar e amêndoas, criando então o chamado Brisa-do-lis. No Brasil, a amêndoa deu lugar ao coco ralado e o doce foi batizado de quindim.
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Imagem: USCS Imagem: USCS Pudim
Uma das mais servidas sobremesas nas refeições, o pudim de leite condensado é tão popular por aqui que há quem acredite que se trata de uma especialidade da culinária brasileira. Mas não é. Trata-se, na verdade, de outra contribuição gastronômica dos portugueses. Na receita clássica, que não usa leite condensado, o pudim leva somente leite, ovos e açúcar. O pudim como conhecemos hoje surgiu no fim do século 19, com a chegada das latas de leite condensado da Europa, que deram outra textura e sabor diferenciado ao famoso doce.
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Imagem: USCS Imagem: USCS Churrasco
Acredita-se que o surgimento do churrasco ocorreu em meados do século 17, pelas mãos dos tropeiros que transportavam o gado na região dos Pampas, área que compreende planícies de Brasil, Uruguai e Argentina. A carne assada era a refeição mais fácil de preparar quando se passava dias fora de casa. Bastava uma estaca de madeira, uma faca afiada, sal grosso e fogo. A partir dali, o costume cruzou as regiões e, mais que uma receita, tornou-se um ritual para reunir amigos e familiares em torno de uma boa carne. As formas de preparo variaram com o tempo, podendo-se utilizar lenha ou carvão, espeto ou grelha, carne temperada ou não, sal grosso ou refinado, cortes de carne bovina, suína, aves e até embutidos.
* Este conteúdo foi produzido por alunos da Agência Interna de Comunicação da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), sob a orientação do professor Roberto Araújo