Menos é mais: 5 hábitos do estilo de vida minimalista
"Compramos coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar as pessoas de quem não gostamos." Essa é uma citação de Tyler Durden em uma cena do filme "Clube da Luta" (1999), que, 11 anos depois, foi motivo de inspiração para Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus. Autores do documentário "Minimalismo: um documentário sobre as coisas que importam", esses dois norte-americanos começaram a escrever artigos sobre como ter uma vida mais feliz e simples no TheMinimalists.com, site que conta com mais de 100.000 seguidores.
Ao que parece, há um grupo cada vez maior de pessoas que rejeitam o impulso consumista, como Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, e Karl Largerfield, designer-chefe da grife Chanel, para ficar em alguns nomes conhecidos. Eles são adeptos do minimalismo, movimento que surgiu nas esferas artísticas em meados do século 20, com o objetivo de questionar ou se contrapor ao que se chama "sociedade dos exageros" – especialmente quando se trata de consumo.
Com o auxílio da psicóloga Katia Lourenço, Coaching Psychology pela Academia do Psicólogo, em Jundiaí (SP), elaboramos uma lista com cinco alguns hábitos do estilo de vida minimalista:
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Imagem: Márcio Roberto do Nascimento Filho/USCS Imagem: Márcio Roberto do Nascimento Filho/USCS Menos roupas, mais praticidade
Você já se imaginou vivendo com pouco mais de 30 peças de roupas? Pois é exatamente assim que vivem os minimalistas adeptos do "Project 333", plano que consiste em usar apenas 33 peças de vestuário, incluindo calçados, acessórios e roupas íntimas. Os minimalistas evitam comprar roupas que não sejam básicas e absolutamente necessárias e buscam a praticidade na hora de se vestir.
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Imagem: Márcio Roberto do Nascimento Filho/USCS Imagem: Márcio Roberto do Nascimento Filho/USCS Menos bugigangas, mais espaço
A distribuição harmoniosa dos objetos é fundamental na rotina minimalista. Eles devem alinhar conforto e funcionalidade. Com poucos móveis e sem excessos na decoração, os minimalistas garantem cômodos mais limpos e espaçosos, optando por cores clean, como preto, branco e cinza. Isso não significa que eles abram mão da elegância e da sofisticação, já que, na arquitetura, por exemplo, o modelo minimalista é uma das tendências que mais crescem em design.
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Imagem: Márcio Roberto do Nascimento Filho/USCS Imagem: Márcio Roberto do Nascimento Filho/USCS Menos consumo, mais qualidade de vida
Entre um apartamento novo e uma viagem com os amigos para um destino paradisíaco, qual você escolheria? Se for a segunda opção, você acabou de captar o estilo de vida minimalista. Um dos principais ideais do movimento é prezar mais pelas experiências e menos pelos bens materiais, sejam roupas, calçados, móveis ou aparelhos eletrônicos... Ser minimalista é não acumular coisas e consumir de modo consciente.
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Imagem: Márcio Roberto do Nascimento Filho/USCS Imagem: Márcio Roberto do Nascimento Filho/USCS Menos quantidade, mais qualidade nos alimentos
A vida pode ser mais simples até na hora de comer. Seja para selecionar o que colocar no prato, ou na hora de escolher quais itens do supermercado levar, os minimalistas buscam ao máximo não ceder a impulsos ou exageros. Eles se desviam de coisas supérfluas e prezam pela saúde, fazendo com que, na despensa, os industrializados percam a vez para alimentos naturais e mais saudáveis
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Imagem: Márcio Roberto do Nascimento Filho/USCS Imagem: Márcio Roberto do Nascimento Filho/USCS Menos stress, mais equilíbrio
Pequenos métodos como esvaziar a caixa de e-mails do escritório com frequência, organizar tarefas com lembretes ou apagar aplicativos em excesso no celular também fazem parte da rotina minimalista. Trocar o carro pela bicicleta para ir trabalhar, por exemplo, é uma atitude comum entre os adeptos do conceito. Isso faz com que eles ampliem o convívio social e, de quebra, ainda desfrutem da paisagem e do ar fresco de vez em quando. Toda a organização diária de um minimalista pode ser resumida à busca por uma vida mais equilibrada e prazerosa.
* Este conteúdo foi produzido por alunos dos cursos de jornalismo e Rádio, TV e Internet da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), sob a orientação do professor Roberto Araújo.