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Direitos humanos da ONU mostra preocupação com ataques israelenses contra civis no Líbano

15/04/2025 10h20

Por Olivia Le Poidevin

GENEBRA (Reuters) - O escritório de direitos humanos da ONU expressou preocupação na terça-feira sobre a proteção de civis no Líbano, conforme as operações militares israelenses continuam a matar civis no país desde o cessar-fogo em novembro.

"As operações militares israelenses no Líbano continuam a matar e ferir civis e a destruir a infraestrutura civil, levantando preocupações com relação à proteção de civis", disse Thameen Al-Kheetan, porta-voz do escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a repórteres em Genebra.

Pelo menos 71 civis -- incluindo 14 mulheres e nove crianças -- foram mortos pelas forças israelenses no Líbano desde que o cessar-fogo entrou em vigor em 27 de novembro do ano passado, e 92.000 ainda estão deslocados, de acordo com o ACNUDH.

"Estamos pedindo investigações sobre todas as alegações de violações... Toda e qualquer ação militar em que civis são mortos precisa ser investigada", disse Al-Kheetan.

O escritório de direitos humanos da ONU manifestou preocupação com as recentes operações militares israelenses que atingiram a infraestrutura civil, incluindo um ataque em 3 de abril que destruiu um centro médico recém-criado administrado pela Sociedade Islâmica de Saúde em Naqoura.

Também observou que pelo menos cinco foguetes, dois morteiros e um drone foram lançados do Líbano em direção ao norte de Israel, de acordo com o Exército israelense, e que dezenas de milhares de israelenses continuam deslocados do norte.

"O cessar-fogo precisa ser mantido e qualquer escalada é um risco para a estabilidade em geral no Líbano, em Israel e em toda a região", acrescentou Al-Kheetan.

Apesar do cessar-fogo, os ataques aéreos israelenses mantiveram pressão sobre o Hezbollah, que é acusado de manter a infraestrutura militar no sul.

O conflito mais recente no Líbano começou quando o Hezbollah abriu fogo em apoio ao Hamas no início da guerra de Gaza em outubro de 2023.

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