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Brasileira é presa e deportada dos EUA após levar remédio proibido na bolsa

do UOL

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

15/04/2025 16h25

A modelo Francielly Ouriques foi presa e deportada dos EUA na última quinta-feira, quando ia para o festival Coachella. Ela relatou a situação nas suas redes sociais.

O que aconteceu

Na saída do aeroporto de Chicago, um guarda perguntou à modelo se ela estava com algo de ilícito na bagagem. Ela disse que não, mas o guarda a encaminhou para revista em uma outra sala.

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Os investigadores apontaram três problemas com Francielly. O primeiro foi em relação a uma mala que estava com a modelo. Ela despachou a bagagem de um amigo como se fosse dela. "Não deveria ter feito isso", relatou.

A segunda questão foi em relação a um remédio que ela transportava. Francielly estava com o remédio Tramal (cloridrato de tramadol) na bolsa, que é um analgésico de uso controlado, por ser da classe dos opioides. O agente afirmou que ele era ilegal no país.

Por fim, os agentes encontraram supostas irregularidades no telefone celular da modelo. "Eles alegaram que no meu telefone havia indícios de que eu era suspeita de trabalhos ilegais nos EUA e que eu era uma ameaça ao país", disse.

Segundo Francielly, no passado ela teve a intenção de abrir uma empresa nos EUA. Ela também havia consultado empresas sobre questões relacionadas a green card e visto, o que levantou suspeita aos agentes.

Modelo foi presa

Depois de ter a entrada no país negada, Francielly foi presa pelos agentes da imigração. Ela relatou que não pôde ligar para o consulado brasileiro, nem acessar seu telefone.

Eu fiquei o restante do dia presa em uma cela de três metros quadrados, com um banco, um colchonete, um lençol velho — se é que aquilo pode se chamar de lençol, porque era de plástico — e um vaso sanitário. Ali eles me deram uma garrafa de água e uma comida daquelas de caixa para o dia inteiro. Das sete da manhã até às sete da noite, eu fiquei dentro daquela sala. Francielly Ouriques, em vídeo nas redes sociais

Francielly foi escoltada por policiais até o terminal para pegar o voo que a levaria de volta para o Brasil. Ela afirmou que se sentiu extremamente constrangida pois os agentes retiveram seu passaporte e pediram aos comissários para que este só fosse devolvido em terras brasileiras.

A modelo também teve o visto norte-americano revogado. Ao desembarcar no Brasil, ela foi até a Polícia Federal pedir orientação, mas eles disseram que "não adianta nada". "Eu me senti completamente desprotegida, vulnerável, com muito medo e agora completamente traumatizada", relatou. Francielly disse que não quer voltar ao país.

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