Topo
Notícias

Segundo suspeito de 'racha de charrete' que matou turista em SP é preso

Thalita (na frente) e Gabriela, momentos antes do acidente que tirou a vida da administradora de TI - Arquivo Pessoal
Thalita (na frente) e Gabriela, momentos antes do acidente que tirou a vida da administradora de TI Imagem: Arquivo Pessoal
do UOL

Do UOL, em São Paulo

14/04/2025 07h25Atualizada em 14/04/2025 07h25

O segundo suspeito de envolvimento na corrida de charretes que matou a turista Thalita Danielle Hoshino, 37, foi preso em Itanhaém, litoral do estado.

O que aconteceu

Fabiano Helarico Ribeiro, 29, foi detido em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O UOL apurou que ele foi encontrado por policiais na própria casa, na rua Passagem Anápolis, e conduzido à Delegacia de Investigações Criminais da cidade, na noite de sexta-feira.

Ele é o segundo preso pela morte Thalita. Segundo as investigações, Fabiano conduzia a outra charrete que estava participando do racha que culminou no óbito da administradora de TI. No fim de março, a polícia prendeu Rudney Gomes Rodrigues, 31, que conduzia a charrete que atropelou Thalita.

O UOL tenta localizar a defesa de Fabiano. Se houver resposta, o texto será atualizado.

Fabiano, Rudney e outras três pessoas são investigadas pela morte da mulher. A Polícia Civil concluiu que eles participaram do racha, seja conduzindo as próprias charretes ou veículos que acompanhavam a competição ilegal. Todos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Em diligências para cumprir os mandados na sexta, no entanto, os policiais não conseguiram localizar os outros três investigados.

Entre os investigados, está a esposa de Rudney. O inquérito da Polícia Civil aponta que ela acompanhava a charrete de Rudney de carro. Outro investigado seguia a charrete de Francisco, em outro veículo. Eder é proprietário do estábulo onde estavam abrigados os cavalos que participaram do racha.

O terceiro investigado foi visto conduzindo outra charrete em imagens recuperadas pela polícia de câmeras de segurança. Em depoimento, o homem contou que é amigo do dono do estábulo e, no dia da morte de Thalita, transportou dois cavalos em um trailer, a pedido de Eder.

Polícia concluiu que investigados assumiram o risco de matar Thalita. Segundo o relatório final do inquérito, obtido pelo UOL, o delegado Arilson Veras Brandão afirmou que, ao praticarem a corrida de charretes em "local inadequado e em velocidade incompatível com a segurança, todos contribuíram de forma decisiva para o risco concretizado na morte da vítima."

Thalita foi atropelada em 23 de março e morreu dois dias depois. Moradora de São Bernardo do Campo, ela estava passando uns dias em Itanhaém com o marido. A turista pedalava com a amiga Gabriela Neves na faixa de areia e uma praia na divisa entre Itanhaém e Peruíbe, quando surpreendidas por duas charretes correndo lado a lado, com mais dois automóveis seguindo atrás.

A administradora sofreu traumatismo craniano, foi internada na UTI, intubada e não resistiu. "As charretes estavam apostando corrida, um racha de charretes mesmo, lado a lado. Os carros seguiam atrás, também em paralelo. Virei para um lado e a Thalita, para o outro, para desviarmos. Daí ela foi atingida", contou ao UOL Gabriela, que é fisioterapeuta.

Notícias

publicidade