PF cassa registro de armas de Anderson Torres e sugere ao STF destruí-las

A Polícia Federal comunicou nesta manhã ao STF (Supremo Tribunal Federal) que cassou o registro de duas armas do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e sugeriu que elas sejam destruídas ou doadas para as forças de segurança pública.
O que aconteceu
Pistolas de ex-ministro foram apreendidas em 2023. Uma pistola e um revólver de Torres, que é delegado da PF de carreira, foram recolhidos durante uma operação da PF em janeiro daquele ano, durante uma investigação sobre a omissão das autoridades no 8 de Janeiro.
Armamentos foram cassados com base em decreto do governo Lula. A lei prevê a perda de idoneidade para manter o registro de armamento das pessoas que respondem a um inquérito policial. A PF sugere ao Supremo que os equipamentos sejam doados para as forças de segurança pública ou às Forças Armadas.
Caberá ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidir o que será feito com os armamentos. Não está descartada a destruição das armas.
Torres é réu no STF sob a acusação de tentativa de golpe de Estado. Ele foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras seis pessoas do chamado "núcleo crucial" da trama golpista. Agora, ele deverá apresentar sua defesa ao STF e indicar quais testemunhas ou provas quer que sejam produzidas ao longo da ação penal.
O ex-ministro chegou a ficar três meses preso em 2023. Torres era secretário de Segurança do Distrito Federal e estava de férias no exterior quando aconteceram as manifestações golpistas. Ele assumiu o cargo após deixar o Ministério da Justiça.
Procurada, a defesa de Torres não quis se manifestar a respeito. O espaço está aberto.