Topo
Notícias

Ibovespa dispara mais de 3% após Trump aliviar tarifas, com exceção de China

09/04/2025 15h28

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa disparou nesta quarta-feira após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que reduzirá temporariamente as tarifas comerciais para vários países, com exceção da China, que teve a alíquota elevada ainda mais após uma troca de retaliações entre as duas economias.

Às 15h15, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, avançava 3,15%, a 127.840,11 pontos, após, mais cedo, recuar a 122.887,13 pontos. Na máxima, chegou a 128.648,95 pontos. O volume financeiro no pregão somava R$24,8 bilhões.

O movimento comprador era generalizado no pregão brasileiro, com as blue chips respondendo pela principal contribuição positiva. Vale avançava 5,16%, Petrobras PN tinha alta de 3,56%, Petrobras ON subia 3,13% e Itaú Unibanco PN ganhava 2,34%.

Papéis mais voláteis mostravam altas de dois dígitos, como GPA, com salto de 17,59%, e Cogna ON, que disparava 11,44%.

Trump anunciou tarifas recíprocas para os produtos de uma série de parceiros comerciais na semana passada, provocando uma forte turbulência nos mercados, principalmente com a forte reação de Pequim, que reagiu com aumento da taxas para os produtos norte-americanos, apesar de ameaças do republicano.

Nesta quarta-feira, Trump afirmou que estava reduzindo as taxas para vários países, exceto para a China, que teve o percentual elevado agora para 125%.

"Eu autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante este período, de 10%, também com efeito imediato", escreveu Trump nas redes sociais. O Brasil já tinha uma tarifa de 10%, mas outros países receberam alíquotas maiores, como a União Europeia (20%) e o Japão (24%).

Wall Street reagiu com entusiasmo às declarações de Trump. O S&P 500 subia 7,85%, enquanto o Nasdaq Composite saltava 9,86% e o Dow Jones avançava 6,69%.

De acordo com o economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, o aumento da incerteza quanto a até onde irá a guerra comercial entre EUA e China e quais os efeitos sobre a economia global, em especial sobre crescimento e inflação, paralisam os investidores.

"Caso persista por muito tempo, esta incerteza poderá gerar forte recessão e pressão inflacionária", afirmou, em comentário a clientes mais cedo nesta quarta-feira, antes do anúncio de Trump nesta tarde.

(Por Paula Arend Laier)

publicidade

Notícias