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Vice de Trump chama chineses de 'camponeses', e Pequim rebate: 'Ignorante'

J.D. Vance, vice-presidente dos EUA - Ludovic MARIN / AFP
J.D. Vance, vice-presidente dos EUA Imagem: Ludovic MARIN / AFP
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

08/04/2025 20h24Atualizada em 09/04/2025 13h16

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, chamou chineses com quem os Estados Unidos negociam de "camponeses", durante entrevista à Fox News.

O que aconteceu

Vance fez críticas a chineses com quem EUA negocial. Comentando sobre a atuação do governo Trump na economia global, o vice-presidente americano afirmou que "pedimos dinheiro emprestado aos camponeses chineses para comprar as coisas que esses camponeses chineses fabricam".

Porta-voz do governo chinês criticou comentários de vice de Trump. Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, considerou a fala de Vance como "ignorante e lamentável". "A China deixou sua posição perfeitamente clara sobre suas relações comerciais com os EUA", acrescentou.

EUA anunciou tarifas de 104% a todos os produtos chineses. O governo Trump instalou tarifa adicional de 50% sobre os bens importados da China, após não conseguir negociar as tarifas retaliatórias aplicadas pelo país asiático. "Presidente quer fazer um acordo com a China, mas não sabe como começar", disse a porta-voz da Casa Branca em entrevista coletiva nesta terça-feira. "Se a China fizer um acordo, presidente ficará afável", afirmou.

"China lutará até o fim", diz governo. Lin Jian acusou os EUA de não buscarem um acordo sério e ressaltou que as tarifas aplicadas se tratam de "protecionismo e intimidação econômica" e foram "amplamente contestadas pela comunidade internacional".

Crise comercial provocou reações globais. A União Europeia tenta agir como mediadora. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, conversou por telefone com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e defendeu um sistema de comércio justo e equilibrado. Bruxelas também manifestou preocupação com a possibilidade de a China redirecionar seus produtos, inicialmente destinados aos EUA, para o mercado europeu. O bloco avalia aplicar tarifas próprias como resposta.

*Com RFi, Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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