Ao evitar criticar as novas tarifas impostas por Donald Trump, e que estão chacoalhando os mercados mundo afora, o presidente da Argentina, Javier Milei, revela ser um patriota mequetrefe e exercita o seu puxa-saquismo ao presidente americano, avaliou o colunista Josias de Souza no UOL News, do Canal UOL.
Mas, num primeiro momento, o sujeito se ajoelhar desse jeito, parece um patriotismo mequetrefe, uma submissão que não orna com os deveres de um Presidente da República. Mas, como sabemos todos, a exemplo de [Jair] Bolsonaro, o Milei é um puxa-saco de primeira hora. Ele está exercitando o seu puxa-saquismo. Josias de Souza, colunista do UOL
Na quarta, Trump anunciou um "tarifaço" global sobre impostos cobrados das importações, com outros produtos brasileiros sendo taxados em ao menos 10%. A data foi nomeada pelo republicano como o "dia de libertação". A Argentina de Milei, aliado de Trump, ficou com a taxa de 10% para os seus produtos.
Ontem, no evento American Patriots Gala, organizado em Mar-a-Lago (Flórida), anunciou que está oferecendo adotar medidas para permitir um fluxo maior de cerca de 50 produtos com os Estados Unidos. A medida seria adotada por meio de uma "harmonização das tarifas", segundo ele.
O conservador afirmou ainda que está já negociando com os americanos uma forma pela qual as barreiras de seu país possam ser desfeitas aos produtos dos EUA e que seja estabelecida uma "parceria estratégica".
Agora, é preciso ver o tamanho dessa 'harmonização' dele. O quão patriótica é essa harmonização. Ele fala em permitir o fluxo maior, mais livre, abrir as fronteiras para 50 produtos dos Estados Unidos. É preciso ver se a indústria da Argentina está de acordo com isso. Se a medida vai atender aos interesses da Argentina ou dos Estados Unidos.
Se ele quer negociar, deveria fazer cálculos antes. É preciso ver qualquer será o prejuízo ou benefício (se é que há algum) para a Argentina nesse aceno que ele está fazendo ao Trump. Josias de Souza, colunista do UOL
Diretor do Brasil no FMI: 'Reação coordenada irá gerar pobreza coletiva'
A reação coordenada de países a tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá gerar pobreza coletiva, afirmou André Roncaglia, diretor-executivo do Brasil no FMI (Fundo Monetário Internacional), durante entrevista ao UOL News.
Se todo mundo começar a reagir na mesma moeda, ainda que de maneira proporcionalmente menor, a gente verá a incerteza (...) Só que esse tipo de atividade coordenada, produz uma pobreza coletiva. Quando todo mundo faz isso, o comércio interno paralisa e a gente perde uma fonte nacional de dinamismo.
O que a gente espera é uma pressão inflacionária imediata e uma desaceleração da economia no mundo todo. André Roncaglia, representante do Brasil no FMI
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