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Wall Street afunda com temores de recessão após tarifas de Trump

03/04/2025 10h40

(Reuters) - Os principais índices de Wall Street afundavam nesta quinta-feira, uma vez que as tarifas abrangentes anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os parceiros comerciais provocavam temores de uma guerra comercial e aumentavam o risco de uma recessão econômica global.

A Apple despencava 8%, sofrendo com o impacto de uma tarifa agregada de 54% sobre a China, que é a base de grande parte da fabricação do iPhone. A Microsoft caía 3% e a Nvidia recuava 5,6%.

O Dow Jones caía 3,49%, a 40.751,61 pontos. O S&P 500 tinha queda de 3,85%, a 5.452,81 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 4,76%, a 16.762,48 pontos.

As ações globais caíam, os títulos governamentais saltavam e o ouro atingiu a máxima recorde, já que Trump impôs uma tarifa de 10% sobre a maioria dos produtos importados para os EUA e taxas muito mais altas sobre dezenas de rivais.

"Essa foi a primeira bala lançada nessa guerra comercial e ela pode se tornar desagradável, o que está assustando os investidores. Continuaremos negociando em um tom pesado devido ao aumento do risco de recessão ou 'estagflação'", disse Elias Haddad, estrategista sênior de mercados da Brown Brothers Harriman.

"Poderemos ver a correção chegar ao fim quando tivermos provas concretas de que não estamos entrando em recessão."

As tarifas, que podem perturbar a ordem do comércio global e desestabilizar empresas, destacam uma mudança radical em relação a apenas alguns meses atrás, quando a promessa de políticas favoráveis a empresas sob o governo Trump impulsionou Wall Street a atingir recordes.

O S&P 500 e o Nasdaq caíram 10% em relação a suas máximas recordes no mês passado, marcando uma correção, uma vez que os investidores têm precificado os danos das tarifas sobre a economia e as empresas.

Operadores estão aumentando as expectativas de que o Federal Reserve corte a taxa de juros pelo menos três vezes neste ano, com a possibilidade de uma quarta redução até o final do ano se tornando menos improvável.

(Por Pranav Kashyap e Sruthi Shankar em Bengaluru)

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