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Mundo reage às novas tarifas de Trump

02/04/2025 21h36

Seguem abaixo as reações mundiais ao anúncio do presidente americano, Donald Trump, de que vai impor tarifas maiores à China, Europa e a vários países da América Latina, entre eles o Brasil: 

- Brasil

O Congresso aprovou por unanimidade um projeto que dá ao Executivo ferramentas para responder às barreiras comerciais de Trump. A Lei da Reciprocidade Econômica foi aprovada nesta quarta-feira pela Câmara dos Deputados, após passar pelo Senado no dia anterior.

"Tomaremos todas as medidas cabíveis para defender nossas empresas e nossos trabalhadores", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao afirmar que este "protecionismo não cabe mais hoje no mundo".

- China

O Ministério do Comércio pediu a Washington que "cancele imediatamente" as novas medidas, que, afirma, "colocam em perigo o desenvolvimento econômico mundial". Também anunciou que adotará "contramedidas para preservar seus direitos e interesses".

Um porta-voz diplomático criticou "o protecionismo e o assédio" dos Estados Unidos e pediu uma solução das divergências econômicas e comerciais "por meio de consultas justas, respeitosas e recíprocas".

- México

A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, descreveu como "bom" para seu país que Trump não tenha aplicado tarifas recíprocas ao seu parceiro do tratado de livre comércio T-MEC. 

Isso se deve à "boa relação" que ela construiu com o atual governo dos Estados Unidos, segundo a presidente.

- Colômbia

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, publicou no X que as novas taxas americanas podem ser "um grande erro". Seu país sofrerá um aumento tarifário de 10%.

- Canadá

"Vamos combater essas tarifas com contramedidas", alertou o premier Mark Carney, para quem as taxas americanas "vão mudar fundamentalmente o sistema de comércio mundial" e afetar "diretamente milhões de canadenses".

- União Europeia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que as tarifas constituem um "duro golpe à economia mundial". Também declarou que o bloco está "preparado para responder", embora tenha assegurado que "não é tarde demais" para abrir negociações com Washington.

- Alemanha

O chefe de Governo, Olaf Scholz, considerou que as decisões de Trump são "fundamentalmente erradas" e "constituem um ataque contra uma ordem comercial que criou prosperidade em todo o mundo". Assim como outros líderes europeus, ele afirmou que o bloco responderá "de maneira unida, forte e apropriada".

- França

O presidente, Emmanuel Macron, afirmou que a "decisão brutal" de aumentar as tarifas terá um "impacto enorme" na economia europeia, mas ao mesmo tempo considerou que os americanos sairão "mais fracos e mais pobres".

- Reino Unido

Apesar das tarifas de 10% para o país, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse a empresários do país que as medidas terão "um impacto econômico, tanto a nível nacional como mundial".

- Itália

"A introdução, por parte dos Estados Unidos, de tarifas contra a UE é uma medida que considero ruim e que não convém a nenhuma partes", reagiu a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. "Farei todo o possível para trabalhar por um acordo com os Estados Unidos, buscando evitar uma guerra comercial que, inevitavelmente, enfraquecerá o Ocidente em benefício de outros atores globais".

- Espanha

O primeiro-ministro Pedro Sánchez chamou as tarifas de Trump de ataque "unilateral" contra a Europa. A medida representa um retorno "ao protecionismo do século XIX. Um protecionismo (...) que não é, na minha opinião, uma maneira inteligente de enfrentar os desafios do século XXI", disse.

- Polônia -

"Amizade significa colaboração. Colaboração significa real e verdadeiramente tarifas recíprocas", afirmou o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.

- Japão

"Transmiti que as medidas tarifárias unilaterais adotadas pelos Estados Unidos são extremamente lamentáveis e pedi, novamente, (a Washington) para não aplicá-las ao Japão", declarou o ministro japonês do Comércio, Yoji Muto.

- Taiwan

O governo taiwanês "considerou que a decisão (americana) é muito pouco razoável e lamenta profundamente, e iniciará negociações sérias com os Estados Unidos", disse a porta-voz do gabinete, Michelle Lee, ao comentar as tarifas de 32% sobre as exportações da ilha. A tarifa não inclui os semicondutores, um dos principais produtos exportados por Taiwan.

- Austrália

"Essas tarifas não são inesperadas, mas, deixem-me ser claro: elas são totalmente injustificadas", afirmou o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese. "Não são ato de um amigo."

- Tailândia

A primeira-ministra, Paetongtarn Shinawatra, afirmou que seu governo tem um "plano forte" para responder às tarifas de 36% impostas por Trump às exportações de seu país.

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© Agence France-Presse

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