Desde a posse, governo Trump prendeu 113 mil migrantes e deportou 100 mil
O governo dos EUA realizou a prisão de mais de 113 mil migrantes e deportou mais de 100 mil desde a posse do presidente Donald Trump, em 20 de janeiro. As informações foram obtidas pelo portal norte-americano New York Post.
O que aconteceu
As prisões e deportações contabilizadas foram feitas pelo ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos EUA) e pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP). O New York Post teve acesso aos dados a partir de uma fonte dentro do Departamento de Segurança Interna do país. Não foi divulgado quantos dos presos são criminosos condenados, qual o status atual desses casos, nem a origem dos presos e deportados.
Em 70 dias, governo Trump fez praticamente o mesmo número de prisões que a administração Biden em todo o ano fiscal de 2024. Entre outubro de 2023 e setembro de 2024, o ICE prendeu 113.434 migrantes, segundo dados oficiais.
Ao comparar as deportações, o governo Trump também supera Biden em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados do ICE apontam que 67.749 migrantes foram deportados entre janeiro e março de 2024. No total, foram 271.484 deportações feitas por Biden durante o ano fiscal de 2024.
"Ele está fazendo o que ele foi eleito para fazer", disse uma fonte do ICE ao New York Post. Uma das grandes promessas de campanha de Donald Trump foi realizar a deportação em massa de imigrantes ilegais nos EUA.
Um dos primeiros atos de Trump, no dia da posse, foi declarar emergência nacional na fronteira com o México. Ele também desativou um aplicativo que agendava audiências de asilo, o CPB One, pôs fim ao direito de solo, que garantia a cidadania automática a todos os nascidos no país, dentre outras medidas.
O número de travessias ilegais em março deste ano caiu 94% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em março de 2024, 137 mil pessoas realizaram a travessia, contra 7 mil em março de 2025.
Recentemente, Trump utilizou uma lei do século 18 para deportar supostos membros de gangues. A Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 foi utilizada em 15 de março para deportar 238 supostos membros do grupo "Tren de Aragua" e outros 23 da gangue "Mara Salvatrucha", que foram enviados à prisão de segurança máxima em El Salvador. Um juiz federal suspendeu o uso da lei, e Trump apelou para a Suprema Corte para que a suspensão seja encerrada.