Atos contra anistia reúnem pequenos grupos de esquerda na zona sul do Rio
Atos contra a anistia aos golpistas de 8 de Janeiro reuniram pequenos grupos de esquerda na manhã de hoje, na zona sul do Rio de Janeiro.
O que aconteceu
Os atos ocorreram no Museu da República, no Catete, e na feira do bairro da Glória. Em ambos, não passou de 50 o número de pessoas reunidas, conforme presenciou a reportagem do UOL.
Ideia era fazer panfletagens, sem um protesto concentrado, disse um dos presentes. Sergio Sant'Anna, membro da entidade Advogados Públicos pela Democracia e da Associação brasileira de Juristas pela Democracia, esteve no ato no Museu da República.
Não estamos habituados com atos assim, mas é algo que está se mostrando interessante pelo contato de grupos menores com a população.
Sérgio Sant'Anna, participante do ato no Museu da República
No ato na feira da Glória, participantes comentaram entre si sobre a falta de mobilização. Alguns acabaram se deslocando para o Museu da República, que fica próximo, mas também não havia muita gente.
Além da distribuição de adesivos, alguns manifestantes também traziam cartazes pelo fim da anistia. Um deles tinha a foto do ex-presidente Jair Bolsonaro atrás das grades.
Além de fazer oposição à proposta de anistia aos golpistas do 8 de Janeiro, os atos pedem a prisão de Jair Bolsonaro. Ex-presidente se tornou réu por tentativa de golpe de Estado nesta semana e passará por julgamento no Supremo Tribunal Federal.
Manifestações estão previstas para outras sete capitais: Fortaleza, São Luís, Belo Horizonte, Belém, Recife, Curitiba e São Paulo. Também há um ato marcado em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Atos são organizados pela Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, compostas por movimentos sociais e ligadas a partidos de esquerda, como PSOL e PT.
Há duas semanas, ato com o ex-presidente Bolsonaro reuniu cerca de 18 mil pessoas na praia de Copacabana. Os dados foram divulgados pelo Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em parceria com a ONG More in Common. Esse número representa pouco mais da metade dos quase 33 mil manifestantes que foram a outro ato convocado pelo político, no mesmo local, em abril de 2024.