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Esquerda realiza atos contra a anistia em 7 capitais no domingo

Esquerda organiza atos contra a anistia - Fernando Frasão/Agência Brasil
Esquerda organiza atos contra a anistia Imagem: Fernando Frasão/Agência Brasil
do UOL

Do UOL, em São Paulo

29/03/2025 05h30

Movimentos sociais e sindicais realizam atos contra a anistia em sete capitais no domingo, um dia antes do aniversário do golpe de 1964.

O que aconteceu

Manifestações vão ocorrer em sete capitais. Fortaleza, São Luís, Belo Horizonte, Belém, Recife, Curitiba e São Paulo. Também há um ato marcado em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Atos são organizados pela Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, compostas por movimentos sociais e ligadas a partidos de esquerda, como PSOL e PT.

Além de fazer oposição à proposta de anistia aos golpistas do 8 de Janeiro, os atos pedem a prisão de Jair Bolsonaro. Ex-presidente se tornou réu por tentativa de golpe de Estado nesta semana e passará por julgamento no Supremo Tribunal Federal.

Data também marca o aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964. Organizadores esperam a presença de presos políticos da ditadura, que vão discursar no carro de som. A família do deputado Rubens Paiva, cuja história foi retratada no filme "Ainda Estou Aqui", foi convidada a participar.

Em São Paulo, a concentração será na Praça Oswaldo Cruz, no começo da Avenida Paulista. Os manifestantes vão caminhar até o antigo DOI-Codi, na Vila Mariana, um dos centros de tortura da ditadura. A princípio o ato ocorreria no vão do MASP, mas houve mudança por conta da Marcha Transmasculina, segundo os organizadores.

Parlamentares de esquerda confirmaram presença. Entre eles o deputado Guilherme Boulos (PSOL), Lindbergh Farias (PT) e a deputada Erika Hilton (PSOL).

Bolsonaristas preparam ato pró-anistia para o dia 6 de abril, em São Paulo. A manifestação em Copacabana no último dia 16 teve baixa adesão, reunindo cerca de 18,3 mil pessoas. Bolsonaro esperava 1 milhão. "Só digo uma coisa: desafio a esquerda a botar metade. Só isso. Bota metade, já que estão dizendo que está vazio", afirmou o pastor Silas Malafaia ao UOL no dia 17 de março.

Movimentos sociais dizem que o ato é para marcar posição e rejeitam disputa de público com o bolsonarismo. "Não cabe esse tipo de disputa", diz Ana Paula Perles Ribeiro, coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e uma das organizadoras do ato em SP. "Estão fazendo uma aposta equivocada, porque não acho que o ato do bolsonarismo em Copacabana tenha atingido a meta que eles colocaram."

A gente tradicionalmente faz ato nesta data. Claro que casou com a data em que o Bolsonaro virou réu, que a Carla Zambelli também foi julgada e condenada, outras tantas coisas que marcam derrotas para o bolsonarismo. Mas não estamos nessa disputa [de público]. Ana Paula Perles Ribeiro, coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

Esperamos que no dia 30 esse tema tome coro na sociedade e que a gente consiga avançar na construção de Justiça. Daiane Araújo, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Fortaleza e Porto Alegre farão manifestações na segunda-feira. Na terça também estão previstas mobilizações em João Pessoa, Rio de Janeiro, Salvador, Teresina, Aracaju e Brasília.

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