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'Falta muito' para conter tráfico e migração do México, diz secretária de Segurança dos EUA

28/03/2025 21h17

Para interromper o fluxo de drogas e de migrantes sem documentos aos Estados Unidos "ainda falta muito trabalho a fazer", afirmou nesta sexta-feira (28) a secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, após visitar o México.

A funcionária concluiu uma visita de algumas horas à capital mexicana, onde se reuniu com a presidente Claudia Sheinbaum para discutir temas da agenda bilateral, principalmente a segurança na fronteira comum.

"O envio de tropas da Guarda Nacional à fronteira e a aceitação de voos de deportação por parte do México é um passo positivo", escreveu Noem na rede social X após concluir uma viagem pela América Latina.

"Mas ainda há muito a fazer para deter o fluxo de drogas e de migrantes sem documentos para o nosso país", acrescentou.

Nessa mesma rede social, Sheinbaum descreveu o encontro como "uma proveitosa reunião para benefício de México e Estados Unidos".

"Nossos países mantêm boa relação dentro do respeito às soberanias", destacou a presidente mexicana em sua mensagem suscinta.

Noem concluiu no México um giro pela América Latina que incluiu El Salvador e Colômbia, onde a agenda também esteve dominada pelo tema migratório.

"Nossa aliança vai contribuir para fazer dos Estados Unidos e da América Central uma região segura novamente", acrescentou Noem em sua breve mensagem ao concluir sua viagem de trabalho.

A visita acontece em um momento no qual o México enfrenta as ameaças tarifárias do presidente americano Donald Trump.

O republicano firmou na quarta-feira um decreto que taxa em 25% as exportações de automóveis aos Estados Unidos, um golpe para uma indústria-chave para a economia mexicana.

Além disso, no dia 2 de abril, espera-se que Washington imponha as chamadas tarifas recíprocas, isto é, igualdade de tarifas aos países que taxam as exportações americanas.

Em sua habitual coletiva de imprensa matinal, Sheibaum informou que seu governo mantém conversas com o vizinho do norte com vistas a evitar o impacto dessas medidas.

O México se tornou um importante produtor de automóveis graças ao tratado de livre-comércio T-MEC que tem com Estados Unidos e Canadá.

Trump critica seus vizinhos e parceiros por não fazerem o suficiente para combater o tráfico drogas e de migrantes irregulares ao território americano e as tarifas seriam uma represália.

sem/mr/rpr

© Agence France-Presse

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