Avião de reconhecimento russo se aproxima da Alemanha e é interceptado por Força Aérea do país
Um avião de reconhecimento russo se aproximou da costa nordeste da Alemanha nesta quinta-feira (27) antes de retornar ao país. Ele foi escoltado por caças alemães, segundo a Força Aérea do país, que confirmou uma informação divulgada pelo jornal Bild. "O Alerta de Reação Rápida (QRA) da base aérea Laage foi ativado", disse a Força Aérea em seu canal de comunicação no WhatsApp.
Um avião de reconhecimento russo se aproximou da costa nordeste da Alemanha nesta quinta-feira (27) antes de retornar ao país. Ele foi escoltado por caças alemães, segundo a Força Aérea do país, que confirmou uma informação divulgada pelo jornal Bild. "O Alerta de Reação Rápida (QRA) da base aérea Laage foi ativado", disse a Força Aérea em seu canal de comunicação no WhatsApp.
A base áerea fica em Rostock, no nordeste da Alemanha, na costa do Báltico. O QRA é um dispositivo utilizado com frequência pelos membros da Otan para protegerem seu espaço aéreo. O alerta foi acionado porque um avião estava sobrevoando o Mar Báltico sem plano de voo ou transponder ativado, segundo a fonte ouvida pelo Bild.
Caças alemães Eurofigther decolaram para identificar a aeronave de reconhecimento, um modelo Ilyushin II-20, que foi então "escoltado", segundo a Força Aérea, que publicou uma foto do avião em questão.
De acordo com o jornal alemão, a aeronave russa estava "a leste de Rügen" na manhã desta quinta-feira, uma ilha alemã no Mar Báltico. Ela estava indo "em direção ao espaço aéreo alemão" no momento de sua interceptação.
Risco para o tráfego civil
O fato de seu transponder ter sido desativado representava "um perigo considerável para o tráfego aéreo civil", escreve o jornal. Os dois aviões alemães o escoltaram "por vários quilômetros", até ele "dar meia-volta e seguir na direção da região de Kaliningrado", onde foi detectado pela primeira vez.
De acordo com fontes militares citadas pelo Bild, aviões de reconhecimento russos se aproximam "ocasionalmente" da costa alemã, mas sem violar o espaço aéreo do país.
As tensões no Mar Báltico aumentaram desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Para Moscou, o aumento da presença da Otan perto de suas fronteiras é uma provocação e uma ameaça à sua segurança.
Em meados de março, o futuro chanceler alemão Friedrich Merz justificou o plano de investimento para rearmar o país pela necessidade de combater a "guerra à Europa" liderada pela Rússia, listando os ataques cibernéticos e a sabotagem de infraestrutura atribuídos ao país.
Com informações da AFP