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EUA não é mais 'parceiro confiável', diz premiê do Canadá

Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá - REUTERS/Evan Buhler/File Photo
Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá Imagem: REUTERS/Evan Buhler/File Photo
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

27/03/2025 19h08Atualizada em 28/03/2025 11h10

Em resposta ao anúncio de tarifas de Trump sobre automóveis, o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, disse hoje que os Estados Unidos não são mais um "parceiro confiável" do país.

O que aconteceu

Primeiro-ministro canadense diz que "relação de cooperação" com Estados Unidos acabou. "A antiga relação que tínhamos com os Estados Unidos, baseada na integração profunda das nossas economias e em uma cooperação estreita nos temas de segurança e defesa, acabou", disse Carney durante uma coletiva de imprensa.

Fala vem após Trump anunciar tarifa de 25% à importação de veículos, independentemente do país de procedência. Além disso, o governo Trump já impôs tarifas sobre o aço e o alumínio que entram no país, afetando diretamente o Canadá. Caso reeleito, Carney disse que criará um fundo de cerca de US$ 2 bilhões para fortalecer o setor automotivo canadense contra as tarifas impostas pelos EUA.

Carney vai organizar resposta coordenada com líderes de províncias canadenses. "Nada está fora de cogitação para defender nossos trabalhadores e nosso país", disse ele. Uma opção para o Canadá seria adotar impostos especiais de consumo sobre as exportações de petróleo, potássio e outras commodities.

Eu me oponho a qualquer tentativa de enfraquecer o Canadá, de nos dividir para que os Estados Unidos possam nos dominar. Isso nunca vai acontecer. [...] Vamos combater as tarifas americanas com ações comerciais de represália que terão o máximo impacto nos Estados Unidos e o mínimo aqui. Mark Carney, premiê canadense em coletiva hoje

Ontem, Carney acusou Trump de querer 'quebrar o Canadá e tomar o país'. Durante evento de campanha, o premiê disse que Trump "deixou a relação de proximidade entre os dois países sob mais pressão do que nunca antes", e reforçou o compromisso de seu governo em "usar todas as novas receitas de tarifas retaliatórias para apoiar os trabalhadores canadenses".

Donald Trump pediu para conversar com Carney. O canadense confirmou que vai falar com o presidente americano em "um ou dois dias", a pedido do chefe da Casa Branca.

*Com AFP, Reuters e Estadão Conteúdo

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