Trump sugere concessões alfandegárias à China em troca de acordo sobre TikTok
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mostrou-se disposto nesta quarta-feira (26) a fazer concessões alfandegárias à China em troca de um acordo sobre o TikTok.
Trump quer que as atividades da plataforma nos Estados Unidos sejam vendidas a investidores americanos pela matriz chinesa ByteDance.
"A China deverá desempenhar um papel" na venda, "possivelmente terão que aprová-la e, se o fizerem, talvez eu lhes dê uma pequena redução nas tarifas", declarou o presidente na Casa Branca.
O republicano acabava de anunciar mais 25% de taxas sobre os automóveis fabricados fora dos Estados Unidos, que se somam a uma longa lista de impostos alfandegários determinados pelo chefe de Estado.
No caso dos carros elétricos chineses, já tributados em 100% desde agosto de 2024, isso elevará as tarifas para 125%.
"Teremos algum tipo de acordo" para manter o TikTok nos Estados Unidos, garantiu Trump.
Em 20 de janeiro, ao assumir o cargo, ele concedeu um prazo de 75 dias à ByteDance para ceder suas atividades nos Estados Unidos, ou seja, até 5 de abril.
No final desse prazo, caso a cessão não seja realizada, a popular plataforma será proibida no país, onde conta com 170 milhões de usuários, com base em uma lei aprovada no ano passado em nome da segurança nacional.
"Teremos algum tipo de acordo", repetiu o presidente. "Mas se não for concluído, não importa. Simplesmente prolongaremos [o prazo]. Tenho o direito de estendê-lo se eu desejar", acrescentou.
"O TikTok é muito popular, faz muito sucesso, vai muito bem", disse.
Em 2020, ao final de seu primeiro mandato, o próprio Trump tentou, sem sucesso, proibir o aplicativo nos Estados Unidos, também em nome da segurança nacional.
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