Lula, Zema, Pacheco, Tarcísio: políticos lamentam morte de Fuad Noman

O presidente em exercício Geraldo Alckmin, ministros do governo Lula, governadores e políticos mineiros — de esquerda, direita e do Centrão — lamentaram a morte do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, hoje, aos 77 anos.
O que aconteceu
O presidente Lula (PT) afirmou ter recebido a notícia da morte "com muita tristeza" e enalteceu a carreira de Fuad. "Recebi com muita tristeza a notícia sobre o falecimento de Fuad Noman, nosso querido prefeito de Belo Horizonte, com quem tive a honra de estar lado a lado na luta que permitiu a vitória da democracia sobre o autoritarismo em 2022 no Brasil e em 2024 na capital mineira. Sua partida representa uma perda para as mineiras e os mineiros, mas também para todo o serviço público brasileiro ao qual dedicou a sua vida, sua inteligência e sua experiência. Noman teve uma brilhante carreira como servidor federal, comandou secretarias nos três níveis de governo e presidiu empresas estatais, sempre colocando o interesse coletivo em primeiro lugar."
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) lamentou a morte e disse que Fuad Noman dedicou a vida ao serviço público. " Com extensas contribuições aos três níveis de governo, notabilizou-se por sua competência como gestor e partiu dedicando-se ao povo de Belo Horizonte. O Atlético Mineiro perde um ilustre torcedor, mas os céus ganham um homem público que deixou um legado respeitável, no Brasil", disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse ter recebido "com tristeza" notícia da morte. "Fuad foi servidor público de carreira notável, com mais de 50 anos de serviço. Envio meus sentimentos à família do prefeito e a todos os cidadãos de Belo Horizonte", escreveu Motta nas redes sociais.
Ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) lembrou que Fuad disputou reeleição com diagnóstico de câncer. "Minha admiração, que sempre tive por Fuad, cresceu ainda em razão de testemunhar que, mesmo enfrentando uma doença terrível, ele demonstrou seu verdadeiro amor por Belo Horizonte ao não desistir de uma campanha eleitoral e se tornar vitorioso no pleito, sendo reeleito", disse o senador mineiro em nota.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), manifestou pesar pela morte do prefeito. "Quero expressar meus sentimentos à família e aos amigos, neste momento de dor, e à população da capital mineira", declarou Gleisi nas redes sociais.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que Fuad tinha "compromisso inabalável" com BH. "Como ministro da Secretaria de Relações Institucionais, testemunhei seu compromisso inabalável com o desenvolvimento de Belo Horizonte e seu cuidado com a população belo-horizontina", disse.
Ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias disse que Fuad foi "líder essencial" nas eleições municipais em BH. "Fuad foi um líder essencial na construção da frente democrática em BH, mostrando que a união pelo bem comum sempre vence. Ele nos deixa, mas seu legado de civilidade e compromisso com a causa pública permanecerá vivo", afirmou Messias. O prefeito reuniu apoio de políticos de esquerda e centro-direita para derrotar o bolsonarista Bruno Engler (PL) no segundo turno da última disputa municipal.
PT manifestou "profunda solidariedade" pelo falecimento de Fuad. "Em nome do Partido dos Trabalhadores, quero manifestar aqui a nossa mais profunda solidariedade à família, aos amigos e à população de Belo Horizonte pelo falecimento do prefeito Fuad Noman", diz nota publicada nas redes sociais do partido, assinada pelo senador Humberto Costa, presidente interino da sigla.
Governadores e políticos mineiros lamentam morte
O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou que trajetória do prefeito foi marcada por respeito e diálogo. "Com tristeza, nos despedimos de Fuad Noman, prefeito de BH. Sua vida pública foi marcada pelo diálogo e respeito, sempre a serviço de uma cidade e de um estado mais fortes. Meus sentimentos aos familiares e amigos. Descanse em paz, amigo."
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), falou em "profunda tristeza" pelo falecimento do prefeito de BH. "Meus mais sinceros sentimentos e que Deus possa confortar amigos e familiares neste momento de luto."
O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), se referiu a Fuad como "grande nome da política". "Estávamos torcendo por sua recuperação, mas infelizmente recebemos a notícia de sua partida. Fuad sempre foi uma inspiração na vida pública e grande nome da política", destacou.
O deputado federal André Janones (Avante-MG) declarou que Fuad foi um "exemplo de liderança". "Fuad sempre foi um exemplo de liderança: comprometido, culto, inteligente e extremamente carinhoso com todos. Em nome do povo mineiro e, em especial, de todos os belorizontinos, nosso muito obrigado por tudo, Fuad", escreveu o parlamentar.
O deputado federal petista Reginaldo Lopes (MG) disse que Fuad foi "mais que um gestor público competente". "Foi um homem íntegro, generoso e comprometido com a cidade e com as pessoas. Sempre esteve ao lado das causas justas, da construção coletiva e do diálogo", descreveu.
Bruno Engler (PL), que foi derrotado por Fuad no segundo turno da disputa municipal em 2024, lamentou a morte. "Lamento profundamente o falecimento de Fuad Noman. Neste momento de dor, nossos pensamentos estão com sua família e amigos", afirmou o deputado estadual mineiro nas redes sociais.'"
Prefeito de Recife, João Campos (PSB) afirmou que o prefeito dedicou a vida nos últimos anos "a cuidar" de BH. "Quero deixar meus sentimentos à família, amigos e ao povo belo-horizontino. Que Deus possa confortar seus corações.'
Vice fala em 'honrar' legado
Vice-prefeito, que assumirá prefeitura após morte, afirmou que buscará "honrar" legado de Fuad. Álvaro Damião (União Brasil) publicou uma foto ao lado de Fuad nas redes sociais e disse que relação dos dois era como de pai e filho. "Fuad me tratava como um filho, sempre me orientando, aconselhando e puxando a orelha quando havia necessidade", escreveu.
Damião está à frente da prefeitura desde o início de janeiro, quando Fuad se licenciou do cargo por problemas de saúde. Ele assumiu apenas três dias depois da posse. Damião é radialista e, até o ano passado, era vereador da capital mineira.
Nas redes sociais, Damião descreveu Fuad como um "guerreiro". "No último ano o acompanhei passo a passo e testemunhei a força, a fé e a coragem de um homem que superou todos os limites possíveis e imagináveis", afirmou. Ele disse ainda que Fuad fazia política "firme sem ser intolerante". "Era propositivo, sem jamais ser impositivo. E sabia muito bem o que queria, sendo um homem do diálogo, da convergência e da união", declarou.
Fuad estava internado desde 3 de janeiro, dias após tomar posse para seu segundo mandato. Foi uma de várias internações desde que descobriu um câncer no sistema linfático, um linfoma não Hodgkin, em julho de 2024, quando ainda era pré-candidato. Fuad passou por cirurgia e continuou em tratamento, mas sua saúde foi se debilitando, o que ocasionou novas internações.
Prefeito sofreu uma parada cardiorrespiratória às 22h de ontem. Ele foi reanimado, mas respirava com aparelhos. Segundo a equipe médica, estava com insuficiência renal aguda e entrou em choque cardiogênico —quando o coração não consegue bombear sangue para os outros órgãos.
O velório de Fuad Noman acontecerá amanhã, no saguão da prefeitura de Belo Horizonte. Segundo a prefeitura, o velório será aberto ao público.