Relatório da Inteligência Americana aponta China como "principal ameaça para os EUA"
A China representa a principal ameaça aos interesses dos EUA em todo o mundo, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira (25) pela Inteligência Americana. O documento mostra que Pequim está aumentando suas capacidades militares.
O relatório, intitulado "Avaliação Anual de Ameaças", a "pressão" da China sobre Taiwan e as "vastas operações cibernéticas contra alvos americanos", mostra que a segurança dos EUA está sendo alvo de ameaças.
O documento traz uma visão geral das "perspectivas coletivas" das principais agências de inteligência dos EUA sobre os perigos representados por países estrangeiros e organizações criminosas.
"A China representa a ameaça militar mais ampla e forte à segurança nacional", diz o documento publicado pelo escritório da Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard. De acordo com ela, a China é "o país com maior probabilidade de ameaçar os interesses dos Estados Unidos em nível global".
O documento ainda revela que a China é mais "cuidadosa" em suas ações do que outros países analisados no relatório, como Rússia, Irã e Coreia do Norte. O governo chinês tenta não parecer "muito agressivo", mostra o documento.
Nesta terça-feira, durante uma audiência no Senado, Tulsi Gabbard disse que "a China era o concorrente estratégico mais forte dos EUA".
"Influência nefasta"
"Os militares chineses estão implantando capacidades avançadas, como mísseis hipersônicos, aeronaves, submarinos avançados, equipamentos de guerra e um arsenal maior de armas nucleares", acrescentou Gabbard.
De acordo com o relatório de inteligência, "Pequim continuará a desenvolver suas atividades de influência nefastas, coercitivas e subversivas" para enfraquecer os Estados Unidos nos cenários doméstico e internacional.
As agências também alertam que Pequim tentará se opor ao que vê como "uma campanha liderada por Washington para manchar as relações internacionais da China e derrubar" o Partido Comunista Chinês.
(Com informações da AFP)