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ONU expressa 'preocupação' com a detenção de jornalistas na Turquia

22.mar.2025 - Manifestante entram em confronto com polícia em Ancara, na Turquia; milhares foram às ruas contra a prisão do prefeito de Istambul - Adem Altan/AFP
22.mar.2025 - Manifestante entram em confronto com polícia em Ancara, na Turquia; milhares foram às ruas contra a prisão do prefeito de Istambul Imagem: Adem Altan/AFP

26/03/2025 12h03Atualizada em 26/03/2025 15h58

As Nações Unidas expressaram preocupação, nesta quarta-feira (26), com a decisão de um tribunal turco de prender sete jornalistas, incluindo o fotógrafo da AFP Yasin Akgül, detidos enquanto cobriam protestos em Istambul.

"É preocupante que, aparentemente, a decisão inicial de um tribunal de Istambul de libertar os jornalistas tenha sido imediatamente revogada pela intervenção do promotor, de acordo com seus advogados e representantes", disse à AFP a porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, Liz Throssell.

"É essencial garantir a segurança e os direitos dos profissionais da imprensa no exercício de suas atividades profissionais, mesmo quando cobrem grandes manifestações como as de Istambul", acrescentou.

Desde a prisão, na quarta-feira, 19 de março, do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, membro do partido social-democrata CHP e principal adversário do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o país tem sido abalado por uma onda de protestos liderados por jovens.

Mais de 1.400 pessoas foram presas desde o início dos protestos, segundo as autoridades.

Na terça-feira, um tribunal de Istambul ordenou a prisão provisória de sete jornalistas turcos acusados de participar de manifestações proibidas desde a semana passada nas três principais cidades.

A porta-voz indicou que, embora o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos "não esteja presente na Turquia", seu gabinete recebeu "inúmeros relatos confiáveis sobre a prisão de uma dúzia de jornalistas, incluindo prisões em suas casas ao amanhecer".

Ela também afirmou que o Alto Comissariado foi informado de que o acesso a "múltiplas plataformas de redes sociais" foi "restringido" na Turquia, o que "vai contra o direito à liberdade de expressão".

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