EUA restringe exportações de semicondutores visando a China
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (25) que vai acrescentar cerca 50 empresas, principalmente chinesas, iranianas e emiradenses, à lista de companhias para as quais as exportações de semicondutores estão limitadas ou proibidas.
Washington justifica essa decisão ao assinalar que as atividades dessas empresas são "contrárias à política internacional e à segurança nacional dos Estados Unidos".
A inclusão nessa lista impõe às empresas americanas a obtenção de um acordo prévio do governo para poder exportar semicondutores às companhias assinaladas.
"Não permitiremos que os adversários explorem a tecnologia americana para fortalecer seus próprios exércitos e ameacem vidas americanas", disse o secretário de Comércio Howard Lutnick em comunicado.
O objetivo da medida é, sobretudo, limitar o acesso a semicondutores americanos por parte de empresas chinesas suspeitas de estarem vinculadas ao Exército ou aos serviços de inteligência de Pequim.
Entre as novas empresas afetadas, a imensa maioria é chinesa, com filiais em Taiwan, África do Sul e Emirados Árabes Unidos. Duas empresas, na China e no Irã, estão na mira por tentarem obter peças americanas para ajudar no desenvolvimento dos programas de drones de defesa iranianos.
Até agora, Washington impunha restrições a mais de 150 empresas chinesas, tanto para semicondutores quanto para os equipamentos necessários para sua produção.
Em setembro, Pequim impôs restrições contra os Estados Unidos sobre materiais e componentes necessários para a fabricação de chips.
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