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Após ataques de Israel, Líbano tem domingo de 'calma tensa'

Imagem mostra casa destruída após ataque de Israel ao Líbano; duas pessoas morreram no primeiro lançamento de míssil após o cessar-fogo - Reprodução/Redes sociais
Imagem mostra casa destruída após ataque de Israel ao Líbano; duas pessoas morreram no primeiro lançamento de míssil após o cessar-fogo Imagem: Reprodução/Redes sociais

Paris, França

23/03/2025 05h11

O Líbano retornou a uma calma tensa neste domingo, 23 de março, após disparos de foguetes não reivindicados do sul do Líbano em direção à Galileia, que provocaram, no sábado, 22 de março, uma violenta resposta das forças armadas israelenses. A onda de ataques aéreos israelenses resultou em oito mortos, incluindo uma menina síria, e mais de quarenta feridos.

O Líbano retornou a uma "calma tensa" neste domingo (23) após disparos de foguetes não reivindicados do sul do Líbano em direção à Galileia, que provocaram, no sábado (22), uma violenta resposta das forças armadas israelenses. A onda de ataques aéreos israelenses resultou em oito mortos, incluindo uma menina síria, e mais de quarenta feridos.

A França condenou os disparos de foguetes, ao mesmo tempo em que pediu "contenção" por parte de Israel.

No sábado à noite, a aviação israelense realizou uma segunda onda de ataques, atingindo dez localidades no sul do Líbano, incluindo um prédio na cidade costeira de Tiro.

Os aviões também atacaram o norte da planície oriental da Bekaa, onde destruíram uma ponte que conectava o Líbano à Síria, informou o correspondente da RFI em Beirute, Paul Khalifeh.

O exército libanês, encarregado pelos líderes do país de realizar uma "investigação aprofundada" para identificar os responsáveis pelos disparos realizados no sábado, apreendeu no sul do Líbano três lançadores de foguetes artesanais.

O Hezbollah, inicialmente apontado por algumas figuras políticas como responsável pelos disparos, negou qualquer envolvimento e reafirmou o compromisso com o cessar-fogo.

Seu principal aliado, o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, pediu que todas as partes no Líbano não "criassem pretextos" para Israel e "se unissem ao estado e suas instituições".

Este é o segundo ataque com foguetes contra Israel desde o cessar-fogo firmado em 27 de novembro. No entanto, o Estado de Israel violou o acordo mais de 1.500 vezes, segundo Nabih Berri.

Retorno à guerra em todas as frentes

Para Guillaume Ancel, ex-militar e comentarista de guerra, está claro que Benjamin Netanyahu retomou uma guerra total em todas as frentes. "Vemos que [Benjamin] Netanyahu retomou os bombardeios no Líbano. Ele bombardeia todos os dias de uma maneira absolutamente atroz a Faixa de Gaza e, além disso, voltou a sufocar a ajuda humanitária, o que é um crime contra a humanidade", disse à RFI.

"Sabemos muito bem que a ajuda humanitária é destinada às pessoas mais vulneráveis, e é contra elas que ele se volta nesta guerra", acrescentou Ancel.

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