Mãe de manifestante condenado pelo 8/1 cobra Motta em evento: 'Socorro'
A mãe de um manifestante condenado pelos atos golpistas de 8 de Janeiro interrompeu um evento do Republicanos para cobrar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após ele dizer que não há perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos no Brasil.
O que aconteceu
A mulher, identificada como Teresa, tentou subir ao palco para falar no microfone, mas foi contida e retirada do local. "Mulheres, socorro, sou mãe", disse ela, enquanto era levada.
Teresa criticou a fala de Motta. "O presidente da Câmara falou que não existia exilado político. Ele veio aqui falar a favor das mulheres, das mães, e que esse partido [Republicanos] é a favor das mães, das mulheres. E estão querendo me barrar. Meu filho inocente ficou sete meses na Papuda. É um jovem, psicólogo infantil maravilhoso. Como que pode?".
Mulher disse que o filho chegou a ser detido, mas agora está fora do Brasil. "A arma dele foi a Bíblia e um terço. Ele se exilou. Claro [que ele é foragido]. Todos são. Quem não está foragido, está preso."
Motta declarou esta semana que não há perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos no Brasil. A declaração foi feita durante um evento em celebração aos 40 anos de redemocratização do país, um dia após o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmar que vai pedir licença do cargo e permanecer nos Estados Unidos.
Não vivemos mais as mazelas do período em que o Brasil não era democrático. Não tivemos jornais censurados, nem vozes caladas à força. Não tivemos perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos. Não tivemos crimes de opinião ou usurpação de garantias constitucionais. Não mais, nunca mais.
Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara