Ibovespa tem alta discreta em dia com noticiário corporativo intenso e vencimento de opções
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa tinha um acréscimo discreto nesta sexta-feira, sustentado principalmente pelo avanço de Petrobras, em pregão marcado por vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista, bem como noticiário corporativo intenso, incluindo balanços de empresas como Brava, Hypera, Petz, Eneva e Cemig.
Por volta de 11h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação positiva de 0,11%, a 132.097,16 pontos, tendo marcado até o momento 131.870,25 pontos na mínima e 132.277,43 pontos na máxima. O volume financeiro somava R$3,64 bilhões.
De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa segue em tendência de alta e o cenário de tomada de risco será retomado se o índice fechar acima da máxima da última quarta-feira (132.984,25 pontos). "O índice deixou máxima em 133.000 pontos antes de seguir rumo a máxima histórica em 137.469 pontos."
DESTAQUES
- PETROBRAS PN avançava 1,02%, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo, onde o barril de Brent perdia 0,51%. PETROBRAS ON tinha elevação de 0,86%.
- VALE ON registrava variação negativa de 0,23%, seguindo o declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia com recuo de 0,33%. Analistas do UBS BB liderados por Caio Greiner iniciaram a cobertura do setor de mineração e metais no Brasil com recomendação neutra para as ações da Vale e preço-alvo de US$10,50 para o ADR.
- ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,19%, em dia majoritariamente positivo para o setor no Ibovespa.
- BRAVA ENERGIA ON avançava 6,5%, mesmo após divulgar queda de 41% no resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado do quarto trimestre do ano passado, para R$505 milhões. À Reuters, o presidente da companhia, Décio Oddone, afirmou ter expectativas importantes para 2025, incluindo a previsão de atingir mais de 80 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d) de produção nos próximos meses.
- HYPERA ON valorizava-se 5,51%, revertendo a queda da abertura, em meio à repercussão do balanço do quarto trimestre do ano passado, com Ebitda das operações continuadas de R$136,9 milhões, recuo de 76,4%, afetado por declínio do faturamento líquido (-18,2%) no trimestre. O conselho de administração da farmacêutica aprovou a distribuição de R$184,7 milhões em juros sobre capital próprio.
- NATURA&CO ON subia 0,41%, após fraqueza inicial, com agentes repercutindo proposta para incorporação da companhia pela sua subsidiária Natura Cosméticos, que se tornaria novamente a holding operacional do grupo e voltaria a ter ações em bolsa, além de mudanças na diretoria, com o presidente-executivo da Natura&Co, Fabio Barbosa, e o diretor financeiro, Guilherme Castellan, deixando seus cargos.
- AUTOMOB ON recuava 6,67% na esteira do prejuízo líquido de R$101 milhões no quarto trimestre no ano passado, revertendo resultado ligeiramente positivo de um ano antes, com queda no Ebitda e margem negativa. Segundo a empresa, o desempenho operacional do quarto trimestre "ainda não reflete as integrações e sinergias, além de ainda estar impactado pelo Ebitda negativo das concessionárias agro nesse período".
- CEMIG PN cedia 3,7% após a estatal mineira de energia divulgar Ebitda de R$1,94 bilhão no quarto trimestre do ano passado, 10,4% menor do que o observado no quarto trimestre de 2023, afetado pela queda de 61% no lucro de comercialização de energia elétrica. O conselho de administração da empresa também aprovou R$541 milhões em juros sobre capital próprio.
- ENEVA ON perdia 2,92%, em meio ao salto no prejuízo líquido do quarto trimestre do ano passado, para R$962,6 milhões, de R$290,6 milhões um ano antes. O Ebitda ajustado cresceu 20%, para R$1,2 bilhão, mas a margem nessa métrica caiu de 38% para 25,5%.
- PETZ ON caía 1,36%, abandonando os ganhos da abertura, em dia marcado pela repercussão do balanço, que mostrou expansão de cerca de 25% no resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado, para R$83,3 milhões. A rede de varejo de produtos e serviços para animais de estimação disse que iniciou o primeiro trimestre deste ano "com as mesmas tendências de crescimento apresentadas no segundo semestre de 2024, com bom patamar de crescimento aliado à preservação da margem bruta".