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Após série de derrotas na Justiça, Trump ameaça a Suprema Corte

Win McNamee - 4.mar.25/Reuters
Imagem: Win McNamee - 4.mar.25/Reuters
do UOL

Do UOL

21/03/2025 10h15

Após a Justiça suspender várias medidas polêmicas anunciadas desde o início de seu governo, Trump dirigiu ameaças ontem à Suprema Corte dos Estados Unidos.

"Se o juiz Roberts e a Suprema Corte dos Estados Unidos não resolverem essa situação tóxica e sem precedentes IMEDIATAMENTE, nosso país terá problemas sérios!", escreveu Trump em sua rede social, Truth.

Um dia antes, o republicano havia sido repreendido pelo presidente da Suprema Corte, John Roberts, por ter pedido o impeachment de um juiz, a quem também chamou de "lunático".

Ontem, o juiz atacado por Trump, James Boasberg, ordenou que o governo dê mais explicações sobre o descumprimento de sua ordem de suspensão de um voo com deportados no sábado.

Em outro caso, a juíza Patricia Tolliver Giles bloqueou a deportação de Khan Suri, um pesquisador indiano da Universidade de Georgetown, casado com uma cidadã americana e contra quem não há nenhuma acusação formal.

Ministro de Israel ameaça anexar território palestino

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse hoje ter ordenado ao exército a captura e ocupação "permanente" de território palestino.

"Enquanto o Hamas continuar se recusando a libertar os reféns, perderá cada vez mais território, que será anexado a Israel", disse Katz.

A libertação dos reféns ainda em poder do Hamas estava prevista na segunda fase do cessar-fogo acordado em janeiro.

A contrapartida de Israel era a retirada de seus soldados de territórios ocupados e a manutenção da trégua, dois compromissos que o governo Netanyahu se recusou a cumprir. Não há registro do descumprimento dos termos do tratado pelo Hamas antes da retomada da ofensiva em grande escala por Israel na segunda-feira que deixou centenas de mortos.

Ontem, depois de retomar as operação militares no norte da Faixa de Gaza, as forças israelenses voltaram a ocupar áreas do sul do território palestino.

E o Hamas realizou o primeiro ataque com foguetes a Israel desde a entrada em vigor do cessar-fogo de janeiro. O projétil foi interceptado, e não houve vítimas.

Trump ordena desmonte do Departamento de Educação

Donald Trump assinou ontem um decreto ordenando o início do fechamento do Departamento de Educação - equivalente a um ministério - dos EUA.

Trump justificou a medida dizendo que a educação deveria voltar a ser responsabilidade dos estados — uma antiga bandeira de grupos conservadores americanos.

Atualmente, porém, cerca de 90% do custo das escolas públicas já é bancado pelos estados, que também são responsáveis pela definição do currículo escolar.

Os principais programas do Departamento de Educação são a concessão de bolsas de estudos para alunos de famílias carentes ou com deficiências e o financiamento para estudantes que não conseguem pagar as mensalidades, sobretudo do ensino superior.

A extinção do Departamento de Educação depende de aprovação do Congresso, mas a ordem de Trump é para que o desmonte comece imediatamente.

Incêndio fecha aeroporto inglês e provoca caos aéreo internacional

O aeroporto de Heathrow, nos arredores de Londres, foi fechado hoje por causa de um incêndio em uma subestação elétrica nas proximidades.

Milhares de voos foram afetados em todo o planeta. Heathrow é um dos aeroportos mais movimentados do mundo e o principal ponto de escala na Europa.

A causa do incêndio ainda não foi identificada, mas o ministro da Energia, Ed Miliband, disse que não há sinais de crime.

O aeroporto deve permanecer fechado pelo menos por todo o dia de hoje, quando estavam previstos 1.351 voos transportando até 291 mil passageiros.

Chile põe fim a sistema previdenciário de Pinochet

O Chile promulgou ontem uma lei que volta a exigir das empresas privadas uma coparticipação na contribuição para a previdência dos trabalhadores.

A iniciativa enterra o modelo em vigor, imposto durante o governo Pinochet, que deixava a aposentadoria a cargo apenas dos trabalhadores, com os fundos administrados por gestores privados.

A partir de agora, as empresas passarão a contribuir com 8,5% dos salários para os fundos de pensão. Os trabalhadores já recolhem 10%.

O governo estima que o valor das aposentadorias subirá entre 14% e 35%. Atualmente, metade dos 600 mil aposentados pelo sistema em vigor recebem menos do equivalente a R$ 2 mil, 70% do valor do salário mínimo nacional, que é de R$ 2,8 mil.

A reforma é uma das bandeiras do presidente Gabriel Boric, que começa o último ano de seu mandato.

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