Após série de derrotas na Justiça, Trump ameaça a Suprema Corte
Após a Justiça suspender várias medidas polêmicas anunciadas desde o início de seu governo, Trump dirigiu ameaças ontem à Suprema Corte dos Estados Unidos.
"Se o juiz Roberts e a Suprema Corte dos Estados Unidos não resolverem essa situação tóxica e sem precedentes IMEDIATAMENTE, nosso país terá problemas sérios!", escreveu Trump em sua rede social, Truth.
Um dia antes, o republicano havia sido repreendido pelo presidente da Suprema Corte, John Roberts, por ter pedido o impeachment de um juiz, a quem também chamou de "lunático".
Ontem, o juiz atacado por Trump, James Boasberg, ordenou que o governo dê mais explicações sobre o descumprimento de sua ordem de suspensão de um voo com deportados no sábado.
Em outro caso, a juíza Patricia Tolliver Giles bloqueou a deportação de Khan Suri, um pesquisador indiano da Universidade de Georgetown, casado com uma cidadã americana e contra quem não há nenhuma acusação formal.
Ministro de Israel ameaça anexar território palestino
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse hoje ter ordenado ao exército a captura e ocupação "permanente" de território palestino.
"Enquanto o Hamas continuar se recusando a libertar os reféns, perderá cada vez mais território, que será anexado a Israel", disse Katz.
A libertação dos reféns ainda em poder do Hamas estava prevista na segunda fase do cessar-fogo acordado em janeiro.
A contrapartida de Israel era a retirada de seus soldados de territórios ocupados e a manutenção da trégua, dois compromissos que o governo Netanyahu se recusou a cumprir. Não há registro do descumprimento dos termos do tratado pelo Hamas antes da retomada da ofensiva em grande escala por Israel na segunda-feira que deixou centenas de mortos.
Ontem, depois de retomar as operação militares no norte da Faixa de Gaza, as forças israelenses voltaram a ocupar áreas do sul do território palestino.
E o Hamas realizou o primeiro ataque com foguetes a Israel desde a entrada em vigor do cessar-fogo de janeiro. O projétil foi interceptado, e não houve vítimas.
Trump ordena desmonte do Departamento de Educação
Donald Trump assinou ontem um decreto ordenando o início do fechamento do Departamento de Educação - equivalente a um ministério - dos EUA.
Trump justificou a medida dizendo que a educação deveria voltar a ser responsabilidade dos estados — uma antiga bandeira de grupos conservadores americanos.
Atualmente, porém, cerca de 90% do custo das escolas públicas já é bancado pelos estados, que também são responsáveis pela definição do currículo escolar.
Os principais programas do Departamento de Educação são a concessão de bolsas de estudos para alunos de famílias carentes ou com deficiências e o financiamento para estudantes que não conseguem pagar as mensalidades, sobretudo do ensino superior.
A extinção do Departamento de Educação depende de aprovação do Congresso, mas a ordem de Trump é para que o desmonte comece imediatamente.
Incêndio fecha aeroporto inglês e provoca caos aéreo internacional
O aeroporto de Heathrow, nos arredores de Londres, foi fechado hoje por causa de um incêndio em uma subestação elétrica nas proximidades.
Milhares de voos foram afetados em todo o planeta. Heathrow é um dos aeroportos mais movimentados do mundo e o principal ponto de escala na Europa.
A causa do incêndio ainda não foi identificada, mas o ministro da Energia, Ed Miliband, disse que não há sinais de crime.
O aeroporto deve permanecer fechado pelo menos por todo o dia de hoje, quando estavam previstos 1.351 voos transportando até 291 mil passageiros.
Chile põe fim a sistema previdenciário de Pinochet
O Chile promulgou ontem uma lei que volta a exigir das empresas privadas uma coparticipação na contribuição para a previdência dos trabalhadores.
A iniciativa enterra o modelo em vigor, imposto durante o governo Pinochet, que deixava a aposentadoria a cargo apenas dos trabalhadores, com os fundos administrados por gestores privados.
A partir de agora, as empresas passarão a contribuir com 8,5% dos salários para os fundos de pensão. Os trabalhadores já recolhem 10%.
O governo estima que o valor das aposentadorias subirá entre 14% e 35%. Atualmente, metade dos 600 mil aposentados pelo sistema em vigor recebem menos do equivalente a R$ 2 mil, 70% do valor do salário mínimo nacional, que é de R$ 2,8 mil.
A reforma é uma das bandeiras do presidente Gabriel Boric, que começa o último ano de seu mandato.