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Rússia e EUA discutirão transporte no Mar Negro na 2ª-feira

20/03/2025 08h47

MOSCOU (Reuters) - Rússia e Estados Unidos discutirão maneiras de garantir a segurança da navegação no Mar Negro em conversas sobre um possível acordo de paz ucraniano em Riad na segunda-feira, disse o Kremlin nesta quinta-feira.

Depois que as forças russas obtiveram ganhos em 2024, o presidente Donald Trump reverteu a política dos EUA em relação à guerra, iniciando conversações bilaterais com Moscou e suspendendo a assistência militar à Ucrânia, exigindo que o país tomasse medidas para encerrar o conflito.

O enviado de Trump, Steve Witkoff, disse no início desta semana que as negociações entre os EUA e a Rússia ocorreriam no domingo em Jedá. O assessor de política externa do presidente Vladimir Putin, Yuri Ushakov, afirmou que as negociações ocorrerão na segunda-feira em Riad.

As negociações serão "principalmente para estudar as perspectivas para a possível implementação de uma iniciativa bem conhecida relacionada à segurança da navegação no Mar Negro", disse Ushakov em uma nota.

As negociações serão bilaterais, segundo Ushakov.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que quando Putin e Trump conversaram por telefone na terça-feira, eles discutiram a "Iniciativa do Mar Negro".

A Turquia e as Nações Unidas ajudaram a mediar a chamada Iniciativa de Grãos do Mar Negro, um acordo fechado em julho de 2022 que permitiu a exportação segura de quase 33 milhões de toneladas de grãos da Ucrânia através do Mar Negro, apesar da guerra.

A Rússia se retirou do acordo depois de um ano, reclamando que suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes enfrentavam sérios obstáculos.

"Cumprimos todas as condições na época, mas as condições em relação a nós não foram cumpridas", disse Peskov.

A Casa Branca, em declaração de 18 de março sobre a ligação entre Putin e Trump, afirmou que os líderes concordaram com a negociação técnica sobre a implementação de um cessar-fogo marítimo no Mar Negro, um cessar-fogo total e paz permanente.

(Reportagem da Reuters)

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