Kremlin denuncia 'planos de militarização' da Europa
O Kremlin denunciou nesta quinta-feira "planos para militarizar a Europa" em um momento em que a União Europeia lança um projeto de rearmamento com o objetivo de enfrentar a ameaça russa e comandantes militares de quase 30 países se encontram no Reino Unido para falar sobre a Ucrânia.
"Os sinais procedentes de Bruxelas e das capitais europeias referem-se a planos para militarizar a Europa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "A Europa embarcou em sua própria militarização e se tornou uma espécie de partido de guerra", acrescentou.
As principais potências europeias, incluindo França e Reino Unido, decidiram aumentar os gastos militares desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos em janeiro, em meio aos temores de que o país se distancie do compromisso tradicional com a defesa da Europa.
Na quarta-feira, a UE anunciou um plano de rearmamento do continente até 2030, no valor de 800 bilhões de euros.
Com a aproximação entre Washington e Moscou, a Rússia concentra suas críticas e ataques pelo conflito na Ucrânia na Europa, ao acusar a UE e o Reino Unido de serem os principais obstáculos para a paz.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, se reúne nesta quinta-feira quase 30 comandantes militares europeus para discutir a situação na Ucrânia.
Starmer e o presidente francês Emmanuel Macron - que tentam formar uma coalizão de países voluntários - afirmaram que estão dispostos a enviar forças de paz para a Ucrânia em caso de um cessar-fogo no conflito de mais de três anos entre Moscou e Kiev.
A Rússia rejeita a ideia de maneira veemente.
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