Wall Street fecha no azul após reunião do Fed sem surpresas
A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta quarta-feira (19) após a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de, conforme esperado, manter o nível de suas taxas de juros, além de comentários tranquilizadores do chefe da entidade.
O índice principal, o industrial Dow Jones, subiu 0,92% a 41.964,63 pontos, o Nasdaq, voltado para o setor de tecnologia, avançou 1,41% e foi a 17.750,79, e o amplo S&P 500 - maior referência dos investidores - ganhou 1,08%, encerrando em 5.675,29.
O Fed manteve suas taxas de juros inalteradas, como esperava o mercado, mas alertou sobre uma maior "incerteza" nos Estados Unidos e revisou suas previsões de crescimento e inflação para baixo.
Nos dois meses desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca, o Fed manteve as taxas básicas em uma faixa de 4,25% a 4,50%.
No entanto, "a incerteza sobre as perspectivas econômicas aumentou", de acordo com o comunicado do banco central. Em uma coletiva após a nota, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que ela está "incomumente alta".
Nesse contexto, o Fed reduziu sua previsão de crescimento para a economia dos Estados Unidos em 2025 de 2,7% para 1,7% e elevou a de inflação de 2,5% para 2,7%.
Quanto ao desemprego, também houve uma correção para cima na previsão, que passou de 4,3% para 4,4%.
"Acho que o mercado gostou de ouvir o presidente do Fed soando razoavelmente otimista sobre a economia", afirmou o analista Patrick O'Hare, da Briefing.com, que observou que a queda nos rendimentos dos bônus do Tesouro aumenta as expectativas de que as taxas hipotecárias também caiam.
Segundo Powell, a inflação começou a subir nos Estados Unidos em parte devido às tarifas impostas pelo governo Trump.
Nesse contexto, o risco de recessão no país subiu, mas não é alarmante, indicou.
"Se voltarmos dois meses, as pessoas diziam que a probabilidade de uma recessão era extremamente baixa. Então, ela aumentou, mas não é alta", explicou Powell.
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