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China afirma que agiu 'conforme a lei' na execução de quatro canadenses

19/03/2025 22h53

A China afirmou, nesta quinta-feira (20), que agiu "conforme a lei" após a execução de quatro cidadãos canadenses, que foi condenada pelo governo de Ottawa.

A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, informou à imprensa na quarta-feira que a China executou quatro cidadãos canadenses nas últimas semanas, apesar dos pedidos de clemência de Ottawa.

"Condenamos energicamente as execuções de canadenses na China", declarou Joly.

A ministra acrescentou que não poderia dar mais detalhes do caso devido aos pedidos de privacidade das famílias atingidas.

A China sugeriu, nesta quinta-feira, que os canadenses foram condenados por crimes relacionados a narcóticos e afirmou que "o combate aos crimes de drogas é uma responsabilidade comum de todos os países".

"A China é um país regido pelo Estado de Direito", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.

A porta-voz argumentou que a China "trata os acusados de diferentes nacionalidades da mesma forma, sem discriminação" e "trata os casos de forma justa e conforme a lei".

A China "protege os direitos legítimos das partes interessadas, assim como os direitos consulares da parte canadense, em conformidade com a lei", declarou Mao.

Joly afirmou que ela e o ex-primeiro-ministro Justin Trudeau, que deixou o cargo na semana passada, pediram clemência à China.

As relações entre Pequim e Ottawa têm sido tensas nos últimos anos.

A prisão de uma alta executiva chinesa em Vancouver, em cumprimento de uma decisão judicial dos Estados Unidos, em dezembro de 2018, e a detenção em represália por parte de Pequim de dois canadenses acusados de espionagem paralisaram as relações. 

Depois, os laços se tensionaram ainda mais pelas acusações de interferência chinesa nas eleições canadenses de 2019 e 2021, o que Pequim nega. 

bs/dc/ag/val/rpr/aa

© Agence France-Presse

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