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Número de mortos por Israel se aproxima de mil, dizem autoridades de Gaza

Corpo é retirado de escombros de residência em Gaza após bombardeio israelense - Omar AL-QATTAA / AFP
Corpo é retirado de escombros de residência em Gaza após bombardeio israelense Imagem: Omar AL-QATTAA / AFP
do UOL

Do UOL

19/03/2025 10h19

Subiu para pelo menos 970 o número de mortos nos bombardeios de Israel à Faixa de Gaza nas últimas 48 horas, de acordo com um balanço divulgado nesta manhã pelas autoridades de saúde do território palestino.

A cifra coloca a ofensiva, realizada em violação ao cessar-fogo acertado em janeiro, entre as mais mortais de Israel desde o início do conflito em outubro de 2023. O total de mortos em Gaza no período se aproxima dos 50 mil, mais de 2% da população.

O governo israelense justificou o ataque dizendo que o Hamas se recusou a aceitar as novas condições impostas para a manutenção da trégua.

O Hamas afirmou que continua disposto a negociar e pediu respeito aos termos da segunda fase do cessar-fogo, já acordados em janeiro, que Israel não aceita mais.

Milhares de pessoas se reuniram hoje em Jerusalém em um protesto da oposição, que acusa Netanyahu de prolongar a guerra contra o Hamas para continuar no poder, colocando a vida dos reféns em posse do grupo palestino em risco.

Trégua

A Rússia e a Ucrânia se acusaram mutuamente hoje de ataques contra a infraestrutura de energia dos dois países.

As declarações ocorrem um dia após Vladimir Putin ter concordado, durante uma conversa com Donald Trump, em suspender os ataques às usinas e centrais de transmissão ucranianas, caso a Ucrânia fizesse o mesmo.

Em seguida, Zelensky afirmou aceitar o trato. Após o encontro virtual com Trump, o governo russo divulgou uma nota afirmando que Putin havia ordenado a interrupção das ações.

A promessa foi o único resultado prático anunciado após a primeira reunião entre os líderes russo e americano, uma semana após Trump e Zelensky proporem uma trégua total de 30 dias.

Mais derrotas de Trump na Justiça

Donald Trump sofreu mais duas derrotas na Justiça ontem.

No primeiro revés, o juiz Theodore Chuang, de Maryland, afirmou que o fechamento da agência de ajuda humanitária internacional Usaid pelo Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Elon Musk, é "provavelmente inconstitucional".

Em uma decisão liminar, ele determinou que os funcionários despedidos sejam readmitidos e que a infraestrutura da agência volte a funcionar até uma decisão final.

Mais tarde, uma juíza federal de Washington DC suspendeu a proibição de pessoas transgênero nas forças armadas.

Segundo Ana Reyes, a medida tomada no início do governo Trump fere a Constituição, que prevê a igualdade entre todas as pessoas.

"A cruel ironia é que milhares de transgêneros integrantes das forças se sacrificaram - alguns arriscando a própria vida - para garantir que outros tenham os mesmos direitos protegidos que a proibição quer lhes negar."

Presidente da Suprema Corte censura Trump

O presidente da Suprema Corte, John Roberts, repreendeu publicamente Donald Trump, que pediu o impeachment do juiz federal James Boasberg que suspendeu o uso da Lei de Estrangeiros Inimigos para a deportação de imigrantes.

Trump também chamou Boasberg de "criador de casos" e "agitador".

"Está claro, há mais de dois séculos, que o impeachment não é uma resposta adequada à discordância de uma decisão judicial", disse Roberts, sem citar Trump nominalmente.

"O processo normal de revisão por instâncias superiores existe para esse propósito".

Roberts foi nomeado pelo presidente republicano George W. Bush e é considerado o mais moderado dos seis juízes conservadores da Suprema Corte. Ele raramente se pronuncia em público sobre temas políticos.

EUA admitem rever tarifas recíprocas

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, admitiu ontem que os EUA podem abrir mão das tarifas recíprocas contra países que concordarem em eliminar práticas comerciais consideradas injustas pelo governo Trump.

As tarifas recíprocas foram anunciadas por Trump para todos os países com quem os EUA têm relação comercial e, segundo ele, entrarão em vigor no dia 2 de abril.

No anúncio, Trump mencionou especificamente as taxas sobre o etanol americano cobradas pelo Brasil.

Segundo Bessent, cada país será informado no dia 2 sobre quanto será a tarifa cobrada pelos EUA e receberá a lista de ações que devem ser tomadas para evitar a taxa.

"Vamos dizer: 'Aqui estão os níveis de tarifas, barreiras não tarifárias, manipulação de moeda, financiamento injusto, restrição de direitos trabalhistas, se vocês pararem com isso, não colocaremos o muro tarifário,'" explicou Bessent.

Polícia turca prende líder da oposição

O prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, um dos adversários mais fortes do presidente, Recep Tayyip Erdogan, nas eleições de 2028 foi preso hoje.

Dezenas de colaboradores e deputados do seu partido, o social-democrata Partido Republicano do Povo (PRP), também foram detidos.

Eles foram acusados de corrupção e de ajudar o separatista Partido dos Trabalhadores do Curdistão, classificado de "terrorista" pelo governo turco.

Em nota, o PRP chamou as ações de "um golpe contra o nosso futuro presidente".

A crise derrubou o valor da lira turca em 12% em relação ao dólar. Na terça-feira, a Universidade de Istambul já havia cassado o diploma superior de Imamoglu - o que, de acordo com a Constituição do país, o impediria de concorrer à Presidência.

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