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'Violação grave': ONU e países repudiam ataque de Israel em Gaza

Palestinos andam entre escombros após prédio residencial ser derrubado por ataque israelense na Faixa de Gaza - Mahmoud Issa/18.mar.2025-Reuters
Palestinos andam entre escombros após prédio residencial ser derrubado por ataque israelense na Faixa de Gaza Imagem: Mahmoud Issa/18.mar.2025-Reuters
do UOL

Do UOL, em São Paulo

18/03/2025 07h54

Países estrangeiros se manifestaram após um ataque israelense que deixou centenas de mortos na Faixa de Gaza, quebrando um acordo de cessar-fogo iniciado em janeiro.

O que aconteceu

Suíça pediu "retorno imediato" do cessar-fogo. O Ministério de Relações Exteriores do país lembrou da obrigação de proteger a população civil de Gaza e também pediu a libertação dos reféns e a entrega "sem impedimentos" de ajuda humanitária na região.

Hostilidades devem parar "pelo bem dos civis em Gaza", diz Irlanda. O primeiro-ministro Micheal Martin afirmou que a população palestina já sofreu "dificuldades inimagináveis" e disse que as famílias dos reféns "sofreram por tempo demais". "Peço para que todos os lados recuem", disse, em comunicado.

Governo de Malta ressaltou que crianças e mulheres estavam entre os mortos. "Em nome do governo de Malta, eu condeno fortemente esses ataques bárbaros", afirmou o primeiro-ministro Robert Abela.

'Não vamos retroceder', diz vice-primeiro-ministro da Bélgica. Em publicação nas redes sociais, Maxime Prevot afirmou que os ataques de Israel ameaçam os objetivos do cessar-fogo. "O bloqueio de ajuda humanitária a civis palestinos é uma violação grave do direito internacional", afirmou.

Rússia se diz "preocupada" com a escalada de violência. O Kremlin afirmou que a deterioração da situação em Gaza, "com a maioria dos atingidos sendo civis", é preocupante. O posicionamento foi dado pouco antes de uma ligação entre Vladimir Putin e Donald Trump, esperada para esta manhã.

"Nova fase na política de genocídio de Netanyahu", diz Turquia. O Ministério das Relações Exteriores turco chamou o ataque de "massacre" e afirmou que "Israel desafia a humanidade com violações de leis internacionais e de valores universais".

Irã também afirmou que Israel comete genocídio. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Esmail Baghaei, afirmou que os ataques de ontem aconteceram junto ao "bloqueio de comida e medicamento" no enclave. Ele também afirmou que os Estados Unidos "deram sinal verde" para o ataque, endossando o posicionamento do Hamas sobre o assunto.

Ataque de Israel "revive tensão na região", diz Egito. O chanceler do país, Tamim Khallaf, afirmou que o ataque traz consequências severas para a região. "O Egito pede que a comunidade internacional intervenha imediatamente para parar a agressão israelense na Faixa de Gaza", diz nota.

"Tragédia em cima de tragédia", diz representante das Nações Unidas. Em nota enviada à agência de notícias Reuters, o alto-comissário de direitos humanos da ONU, Volker Türk, afirmou que estava "horrorizado" com os ataques, que causam "tragédia em cima de uma tragédia na região".

Secretário-geral Antonio Guterres está "em choque", diz porta-voz. Em nota, o representante da ONU disse que "apela para que o cessar-fogo seja respeitado".

Ataque quebrou cessar-fogo

O cessar-fogo na Faixa de Gaza começou em 19 de janeiro. O acordo previa o fim dos ataques em troca da libertação de reféns israelenses que estavam no enclave desde 7 de outubro de 2023.

Ao menos 400 pessoas morreram no ataque da noite dessa segunda-feira (17), segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O país afirmou que mulheres e crianças estão entre as vítimas mortas no bombardeio.

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