Topo
Notícias

Israel retoma ataques após matar mais de 400 na Faixa de Gaza

Reuters
Imagem: Reuters
do UOL

Do UOL

18/03/2025 09h37

Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza hoje, após uma série de ataques ontem à noite que deixou mais de 400 pessoas mortas, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.

O número de mortos deve subir porque ainda há vítimas sob os escombros dos edifícios destruídos. Também há mais de 600 feridos em hospitais.

A ofensiva ocorre após repetidas violações por Israel do cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro. No final de semana, bombardeios israelenses já haviam deixado 15 mortos, incluindo oito colaboradores de uma entidade de ajuda humanitária britânica.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de não aceitar as condições impostas pelos israelenses para manter o cessar-fogo que teve início em janeiro.

O acordo previa uma segunda fase em que o Hamas libertaria os últimos 59 reféns em posse do grupo palestino, 24 dos quais, acredita-se, estão vivos.

O Hamas afirmou que o ataque de Israel expõe os reféns a "um destino desconhecido". Netanyahu declarou que Israel usará uma força "cada vez maior".

Famílias: Governo de Israel desistiu dos reféns

Em nota, o grupo israelense Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos afirmou que o seu maior medo se tornou realidade. "O governo israelense escolheu desistir dos reféns".

O grupo diz para o Hamas e o governo de Israel retornarem à mesa de negociações e pede a Donald Trump que "continue a atuar, como tem atuado" por um acordo.

Os integrantes convocaram uma manifestação em Jerusalém para hoje. "Pressão militar pode colocar a vida dos reféns em perigo e complicar os esforços para trazê-los de volta".

Hamas confirma morte de líderes

O Hamas anunciou que os bombardeios israelenses mataram o chefe do governo da Faixa de Gaza, Essam al Dalis. Al Dalis pertencia ao escritório político do Hamas na Faixa de Gaza desde 2021.

Outros três dirigentes do governo de Gaza também foram mortos: o vice-ministro do Interior, Mahmud Abu Watfa, e o diretor-geral dos serviços de segurança interna, Bahjat Abu Sultan.

O grupo acusou os Estados Unidos de responsabilidade pelos ataques. "Com seu ilimitado apoio político e militar à ocupação (israelense), Washington tem total responsabilidade pelos massacres e assassinatos de mulheres e crianças em Gaza".

A Casa Branca confirmou que os Estados Unidos foram comunicados com antecedência sobre a ofensiva israelense.

Trump e Putin conversam

Donald Trump e Vladimir Putin devem conversar sobre a Guerra da Ucrânia nas próximas horas. O porta-voz do governo russo, Dimitri Peskov, afirmou que a ligação deve ocorrer entre as 10h e 12h, horário de Brasília - entre 16h e 18h, no horário de Moscou.

Ontem, Trump afirmou que os dois líderes vão discutir a "divisão de ativos", que incluem terras e usinas de energia da Ucrânia.

Mais tarde, a Casa Branca afirmou que o governo americano acredita que o acordo para uma trégua de 30 dias esteja mais perto do que nunca.

Hoje, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Andrii Sibiga, disse esperar "que a Rússia aceite a proposta sem condições".

Juiz federal questiona governo Trump

O juiz federal James Boasberg, de Washington DC, ordenou que o governo americano dê mais informações sobre o descumprimento no sábado de sua decisão de suspender a deportação de imigrantes por Trump com base em uma lei do século 18 que foi criada para tempos de guerra.

Além de proibir o uso da lei, o juiz havia ordenado verbalmente aos advogados da Casa Branca que qualquer voo com deportados que estivesse no ar deveria retornar aos EUA.

Em nova audiência com Boasberg, ontem, os representantes da Casa Branca alegaram que a ordem de trazer os aviões de volta não foi cumprida por ter sido verbal, e não por escrito, e que não havia mais tempo hábil.

"Você está dizendo que achou que podia ignorá-la porque não era uma ordem por escrito?", questionou o juiz.

Boasberg pediu informações detalhadas sobre os horários de partida e de chegada dos voos, além de dados sobre todas as pessoas a bordo.

Notícias

publicidade