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Israel justifica ataque com revés em negociação com Hamas: 'Beco sem saída'

Imagem aérea mostra palestinos buscando sobreviventes em escombros de casas bombardeadas na Faixa de Gaza - Omar AL-QATTAA / AFP
Imagem aérea mostra palestinos buscando sobreviventes em escombros de casas bombardeadas na Faixa de Gaza Imagem: Omar AL-QATTAA / AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

18/03/2025 09h13Atualizada em 18/03/2025 09h21

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, afirmou que o país "não teve alternativa" ao quebrar o cessar-fogo e bombardear regiões da Faixa de Gaza na noite de ontem.

O que aconteceu

Hamas rejeitou propostas para estender o cessar-fogo feitas pelos Estados Unidos, disse diplomata. Sa'ar não explicou no que consistiam essas propostas, mas afirmou que o acordo assinado em 19 de janeiro chegou a um "beco sem saída".

"Objetivos da nossa guerra não serão comprometidos". Segundo o diplomata, o país "não teve outra alternativa sem a libertação dos reféns".

Ataques são "focados em terroristas", diz ministro, contradizendo os dados palestinos. Apesar de Sa'ar falar que os ataques são feitos para "minimizar as vítimas civis", a maioria dos mortos no ataque de ontem são crianças e mulheres.

Fala de Sa'ar foi o primeiro pronunciamento oficial do país desde os ataques que deixaram centenas de mortos. Segundo o ministério da Saúde palestino, ao menos 400 pessoas foram vítimas dos bombardeios.

Bombardeios quebraram cessar-fogo

O cessar-fogo na Faixa de Gaza começou em 19 de janeiro. O acordo previa o fim dos ataques em troca da libertação de reféns israelenses que estavam no enclave desde 7 de outubro de 2023.

Ao menos 400 pessoas morreram em ataques coordenados da noite dessa segunda-feira (17), segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O país afirmou que mulheres e crianças estão entre as vítimas mortas nos bombardeios.

Ao menos seis pontos diferentes de Gaza foram atacados, segundo canal de TV. Um levantamento da Al Jazeera mostra que os ataques aconteceram em Rafah, Khan Younis, al-Mwasi, Deir el-Balah, na Cidade de Gaza e no Norte de Gaza. Fotos mostram pessoas tentando encontrar sobreviventes entre escombros e corpos amontoados em ruas.

Países estrangeiros e ONU repudiaram ataques. Entre os países que pediram a retomada do cessar-fogo estão Malta, Suíça, Egito e Bélgica. Irã e Turquia afirmaram que Benjamin Netanyahu comete "genocídio" contra o povo palestino.

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