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Ibovespa reduz fôlego após renovar máxima em meses com disparada de JBS

18/03/2025 10h16

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa perdia o fôlego nesta terça-feira, em meio a movimentos de realização de lucros, após renovar máxima intradia em cinco meses mais cedo, com JBS disparando após acordo com a BNDESPar envolvendo os planos de dupla listagem da companhia nos Estados Unidos.

Às 11h01, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,03%, a 130.796,6 pontos, após chegar a 131.447,37 pontos na máxima, vindo de quatro sessões seguidas de alta -- período em que acumulou ganho de quase 6%. Na mínima até o momento, marcou 130.721,97 pontos.

O volume financeiro na bolsa somava R$3,8 bilhões.

Investidores também repercutem notícia de que o governo federal vai propor tributação de 10% sobre lucros e dividendos remetidos ao exterior para compensar parte da renúncia de arrecadação provocada pelo aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que recebem até R$5 mil por mês.

O anúncio oficial da iniciativa está previsto para 11h30 desta terça-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará o envio do projeto para análise do Congresso Nacional.

DESTAQUES

- JBS ON disparava 13,5%, após a BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, que detém 20,8% da companhia de proteínas, decidir se abster de votar sobre a proposta de dupla listagem de ações da empresa nos EUA e no Brasil. Na visão de analistas, a abstenção deixa a JBS ainda mais perto da planejada operação, que tem potencial de destravar valor das ações.

- YDUQS ON saltava 9,19% após o grupo de educação divulgar na véspera lucro líquido de R$13,8 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo o prejuízo de R$120,3 milhões um ano antes. O Ebitda ajustado cresceu 14,6%, para R$395,2 milhões com a margem passando de 28% para de 31,2%.

- HAPVIDA ON avançava 4,8%, tendo de pano de fundo dados do setor de saúde complementar divulgados pela ANS para o último trimestre de 2024, mostrando um resultado líquido acumulado no ano de R$785,49 milhões para empresa. A Hapvida publicou fato relevante afirmando que os dados não refletem necessariamente resultado da companhia.

- VALE ON cedia 0,37% acompanhando a queda dos futuros do minério de ferro na China, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no vermelho. CSN MINERAÇÃO ON caía 2,07%, CSN ON recuava 3,27%, USIMINAS PNA perdia 1,02% e GERDAU PN era negociada com declínio de 0,23%.

- B3 ON recuava 2,98%, em mais um dia de correção negativa, após forte valorização nos últimos três pregões da semana passada. Na véspera, a Reuters noticiou, citando fontes, que o Mubadala busca formar um consórcio com até dez parceiros para fornecer liquidez para a nova bolsa de valores no Rio de Janeiro, que espera lançar no começo de 2026.

- ITAÚSA PN cedia 0,11%, tendo no radar o balanço do último trimestre do ano passado, que mostrou lucro líquido recorrente de R$3,7 bilhões, crescimento de 16% ano a ano. No acumulado do ano, o lucro da holding, que controla o Itaú e detém participações em CCR, Alpargatas e Dexco, entre outras, somou R$14,8 bilhões, o maior lucro anual da série histórica.

- ALLOS ON ganhava 0,72% em meio ao resultado do quarto trimestre, com Ebitda ajustado de R$638,5 milhões, 12,4% acima de um ano antes. A maior empresa de shopping centers do Brasil também divulgou previsões, entre elas para o Ebitda, que deve ficar entre R$2,07 bilhões e R$2,15 bilhões este ano.

- PETROBRAS PN tinha variação positiva de 0,03% em dia de alta do petróleo no exterior, enquanto o noticiário sobre a companhia trazia divulgação da véspera de que a estatal identificou a presença de hidrocarbonetos em poço exploratório no bloco Aram, no pré-sal da Bacia de Santos. A Petrobras é a operadora do bloco e detém 80% de participação.

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,16%, em dia sem uma tendência única no setor.

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