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Starbucks é condenado a pagar US$ 50 milhões a homem que se queimou com chá

Getty Images
Imagem: Getty Images

17/03/2025 21h07

A justiça ordenou à rede de cafeterias Starbucks a pagar 50 milhões de dólares (285 milhões de reais, na cotação atual) a um entregador que se queimou com um chá quente derramado em sua virilha em um drive-thru na Califórnia.

Os advogados de Michael Garcia afirmaram que o funcionário que entregou a ele três bebidas grandes em fevereiro de 2020 não as colocou corretamente no suporte de papelão.

Ao pegar a bandeja, a bebida inclinou-se "causando queimaduras de terceiro grau em seu pênis, virilha e coxas", de acordo com um comunicado do Trial Lawyers for Justice divulgado na sexta-feira (14).

"Após uma hospitalização e vários enxertos de pele, Michael viveu por cinco anos com desfiguração, dor, disfunção e danos psicológicos causados pelas queimaduras", acrescentou.

A firma, especializada em casos nos quais só recebe se houver vitória legal, disse que o Starbucks negou sua responsabilidade pelo sofrimento de Garcia, mas antes de ir a julgamento, ofereceu um acordo de 30 milhões de dólares (171 milhões de reais).

No entanto, a rede se recusou a emitir desculpas públicas e implementar as mudanças de políticas que Garcia pediu, motivo pelo qual o caso foi a julgamento.

Um júri em Los Angeles estabeleceu uma indenização de 50 milhões de dólares na sexta-feira, cifra que seus advogados disseram que eventualmente custaria ao Starbucks mais de 60 milhões após a inclusão de taxas e custos legais adicionais.

"A Corporação Starbucks negou sua responsabilidade consistentemente por cinco anos, até o julgamento, e tentou evitar sua responsabilidade", declararam os advogados em um comunicado.

"O julgamento foi um exemplo perfeito de uma defesa frívola e de culpabilizar as vítimas."

Um porta-voz do Starbucks disse que a empresa recorrerá da decisão.

"Simpatizamos com o senhor Garcia, mas discordamos da decisão do júri de que este incidente seja nossa culpa e acreditamos que é excessiva", afirmou Jaci Anderson, diretora de comunicações corporativas, à AFP.

"Sempre fomos comprometidos com os mais elevados padrões de segurança em nossas lojas, incluindo o manuseio de bebidas quentes", concluiu.

hg/amz/pr/ag/ic/am

© Agence France-Presse

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