Projeto de isenção do IR seguirá para o Congresso na terça-feira e Haddad prevê custo de R$27 bi ao ano
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que o impacto da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil será de aproximadamente R$27 bilhões por ano, contra previsão feita inicialmente que apontava para um custo de R$35 bilhões.
O Palácio do Planalto anunciou nesta segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará na terça-feira o projeto de lei que prevê a reforma do IR em uma cerimônia com Haddad, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Ao apresentar um pacote de ajuste fiscal no fim de 2024, o governo afirmou que sua proposta de reforma do IR contemplaria a elevação da isenção até R$5 mil a um custo de R$35 bilhões por ano, valor que seria compensado com a criação de um imposto mínimo de até 10% que incidirá sobre a fatia mais rica da população.
Na entrevista a jornalistas na Fazenda, Haddad afirmou que essas premissas para a proposta foram mantidas e, sem dar detalhes, disse que Lula pediu duas alterações no texto para "não mexer nos descontos e considerar o CNPJ".
Em relação ao custo mais baixo a ser compensado, ele afirmou que foi feito um recálculo considerando que a correção da tabela do imposto feita neste ano provoca uma mudança na base de cálculo da reforma do IR, que valerá a partir de 2026 se aprovada.
(Por Victor Borges e Bernardo Caram)