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Colisão no Mar do Norte deixou grânulos de plástico na água e na costa

17/03/2025 12h24

Grânulos de plástico apareceram na água e na costa uma semana depois de um navio de carga colidir com um petroleiro no Mar do Norte, disse a Guarda Costeira britânica nesta segunda-feira (17), gerando "profunda preocupação" na Real Sociedade para a Proteção das Aves.

A Guarda costeira britânica anunciou a descoberta destas partículas de plástico, acrescentando que uma operação de limpeza foi iniciada.

Esses grânulos de resina, usados na produção de plástico, foram detectados pela primeira vez no domingo pelos serviços de resgate britânicos, cerca de 70 quilômetros ao sul do local da colisão, no nordeste da Inglaterra, disse o oficial da Guarda Costeira Paddy O'Callaghan. 

"As operações de limpeza começaram hoje", explicou, referindo-se à operação de remoção desses grânulos, que medem entre 1 e 5 milímetros e pesam menos de um grama. 

Esses grânulos, que provavelmente entraram na água após a colisão, não são tóxicos, de acordo com O'Callaghan, mas podem representar um risco à vida marinha se ingeridos. 

Os grânulos também apareceram em "diferentes lugares" ao longo de 30 km da costa, que abriga várias reservas naturais, segundo a Guarda Costeira.

"Estamos profundamente preocupados", disse, em um comunicado, Steve Rowland, líder local da Real Sociedade para a Proteção das Aves.

O anúncio foi feito horas depois de o operador do petroleiro informar que milhares de barris de querosene se "perderam" na colisão, acrescentando que os danos ambientais foram limitados. 

As razões da colisão de 10 de março entre o navio cargueiro "Solong" e o petroleiro "Stena Immaculate" ainda são desconhecidas.

Um membro da tripulação do "Solong", identificado como Mark Angelo Pernia, um marinheiro filipino de 38 anos, desapareceu após a colisão e foi declarado morto pelas autoridades britânicas. 

O "Stena Immaculate", fretado pelo exército dos Estados Unidos, transportava cerca de 220.000 barris de combustível de aviação, e um dos tanques se rompeu no choque, gerando temores de um desastre ecológico na área. 

No entanto, após explorar a área ao redor do acidente, as autoridades relataram que atualmente não há sinais de contaminação de nenhum dos navios.

Em um comunicado, a Crowley, operadora americana do petroleiro, disse que "de acordo com a avaliação da equipe de resgate, foi confirmado que 17.515 barris de combustível de aviação foram perdidos como resultado do impacto e do incêndio", sem que a carga restante fosse afetada. 

As equipes de resgate determinaram que a extensão dos danos estava limitada a um tanque de combustível e um tanque de água, de acordo com a declaração de Crowley. 

O capitão russo do "Solong" foi acusado, neste fim de semana, de homicídio por negligência grave.

bur-lb-psr/mb/aa/mvv

© Agence France-Presse

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