Não cabe à Rússia decidir sobre forças de paz na Ucrânia, diz Macron
PARIS (Reuters) - O posicionamento de tropas de paz na Ucrânia, como proposto pelo Reino Unido e pela França como parte de um acordo de cessar-fogo com a Rússia, é uma questão a ser decidida por Kiev, e não por Moscou, disse o presidente francês Emmanuel Macron em uma entrevista.
Macron e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, têm se apressado para consolidar o apoio militar à Ucrânia, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, pressiona por um acordo de paz com a Rússia. Starmer organizou uma reunião virtual no sábado com Macron e outros aliados não americanos da Ucrânia.
"A Ucrânia é soberana. Se ela pedir que forças aliadas estejam em seu território, não é algo que a Rússia aceite ou não", disse Macron em uma entrevista conjunta a vários jornais regionais franceses, publicada na noite de sábado.
A Rússia tem rejeitado a ideia de soldados de países pertencentes à aliança da Otan serem alocados na Ucrânia.
Macron disse que qualquer força de manutenção da paz consistiria em "alguns milhares de soldados por país" a serem mobilizados em locais-chave, acrescentando que vários países europeus e não europeus estavam interessados em participar.
(Reportagem de Gus Trompiz e Tangi Salaun; reportagem adicional de Elizabeth Piper em Londres)