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Houthis classificam ataques dos EUA no Iêmen como 'crimes de guerra'

do UOL

Do UOL, em São Paulo

16/03/2025 01h50

Os rebeldes houthis classificaram os bombardeios dos Estados Unidos contra o Iêmen como "crimes de guerra". O número de mortos subiu para 24 após os ataques norte-americanos, segundo os houthis e uma TV afiliada comandada pelo grupo rebelde.

O que aconteceu

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma "ação militar decisiva e poderosa" contra o grupo. Um vídeo divulgado pelo governo americano ontem mostrou os caças decolando de um porta-aviões para atacar alvos no Iêmen. As informações foram divulgadas pelo Comando Central dos EUA (Centcom) em publicação no X.

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"Um ataque americano-britânico teve como alvo um bairro residencial no norte da capital, Sanaa", controlado pelos houthis, informou a emissora Al-Masirah. Até o momento, o governo britânico não confirmou bombardeios no Iêmen.

Bombardeios deixaram 24 mortos e 23 feridos, segundo os houthis. O Ministério da Saúde do governo houthi informou que 13 civis foram mortos e nove ficaram feridos na capital Sanaa. Outros 11, incluindo quatro crianças e uma mulher, foram mortos e 14 ficaram feridos em um ataque dos EUA na província de Saada, no norte, noticiou a Al-Masirah.

Os houthis classificaram os ataques como "crimes de guerra". "A agressão não ficará sem resposta, e nossas forças armadas iemenitas estão totalmente preparadas para responder à escalada com escalada", disse o grupo em declaração divulgada na emissora Al-Masirah.

Navios de guerra e jatos dos EUA lançaram ataques em todo o Iêmen, segundo o Washington Post. A ação visa radares, locais de defesa aérea e pontos de lançamento de drones. A operação marca o início de uma campanha renovada para degradar as capacidades militares do grupo, informou a publicação.

No dia 11 de março, os houthis anunciaram que retomariam seus ataques contra barcos que considerassem vinculados a Israel no mar Vermelho. Uma demonstração de apoio aos palestinos da Faixa de Gaza.

O grupo rebelde apoiado pelo Irã, que controla grandes áreas do Iêmen, alegou que havia tomado a decisão porque Israel não havia permitido a retomada do fornecimento de ajuda à Faixa de Gaza, devastada por uma guerra entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas. O fornecimento de ajuda foi bloqueado por Israel em 2 de março.

Os houthis no Iêmen são definidos como rebeldes no Ocidente em virtude do apoio recebido pelo Irã. Ao longo dos últimos 10 anos, eles formaram a principal força militar e institucional do conflagrado país árabe. Além disso, o grupo controla desde 2014 a capital Sanaa com todos os Ministérios e o Banco Central, bem como partes das regiões do centro e norte.

Com informações da AFP, Ansa-Brasil e Reuters

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