Vídeo sobre alerta da OMS para novo coronavírus na China é de 2020

É de 2020 um vídeo que mostra uma reportagem com um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre um novo vírus que estaria circulando na China.
O conteúdo da Record News é janeiro daquele ano e era sobre o vírus que depois ficou conhecido como SARS-CoV-2, responsável pela covid-19.
O UOL Confere considera distorcido os conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, mudando seu significado original de modo a enganar e confundir quem os recebe.
O que diz o post?
O vídeo reproduz uma reportagem da Record News sobre um vírus desconhecido na China. Sobre a imagem está escrito: "um misterioso vírus chinês novo tipo de covid" e "vai se repetir após o carnaval." Em nenhum momento é indicado que se trata de um conteúdo com mais de cinco anos.
Na reportagem, a apresentadora fala que a "Organização Mundial da Saúde quer preparar hospitais de todo o mundo para um misterioso vírus chinês. Os cientistas chegaram à conclusão que o novo tipo de coronavírus pode ser transmitido entre pessoas e não apenas pelo consumo de carne contaminada."
Por que é distorcido?
O vídeo é de 2020. Trata-se de uma reportagem da Record News do início da pandemia da covid-19, que informava sobre o alerta da OMS a respeito de um vírus até então desconhecido. Por meio de buscar reversa, foi possível encontrar o conteúdo original com data de 15 de janeiro de 2020 (aqui e abaixo).
Não há alerta da OMS sobre novo coronavírus. Não foi encontrado nenhum alerta epidemiológico de coronavírus em 2025 dado pela organização (aqui, em inglês).
OMS declarou o fim da emergência internacional em relação a covid-19 em 2023. No dia 30 de janeiro de 2020, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, emitiu o comunicado classificando o surto do novo coronavírus como uma "Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional". Em 5 de maio de 2023, o diretor declarou o fim da emergência (aqui).
Viralização. Uma publicação no Threads tinha mais de 53 mil visualizações e 2.000 compartilhamentos até a tarde de hoje.
Este conteúdo também foi verificado por Reuters, Lupa e Estadão Verifica.
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