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Operação antidrogas do Equador e UE desmonta organização que enviava cocaína para a Europa

14/03/2025 12h46

Uma investigação realizada pelo Equador junto com a União Europeia (UE) desmantelou uma organização que enviava toneladas de droga para países como Bélgica, Alemanha e Espanha em contêineres que saíam dos portos equatorianos, informaram as autoridades policiais.

"Desde o início da investigação em 2024, as autoridades nacionais apreenderam 73 toneladas de cocaína", afirmou a Europol nesta sexta-feira (14) em um comunicado.

A operação levou à detenção de 36 pessoas no Equador e 14 na Alemanha e na Espanha.

Na véspera, a polícia equatoriana informou que a investigação começou há dois anos e que nesse período apreendeu em seu território cerca de 38 toneladas de droga. Também participaram, acrescentou, a Guarda Civil da Espanha, a Direção Antimáfia da Itália e a polícia da Alemanha.

Para evitar o rastreamento pelos cães antidrogas, os criminosos "realizavam um tratamento especial em cada bloco de droga, cobrindo-o com uma substância artesanal para evitar sua detecção", explicou a polícia equatoriana em um comunicado.

Os detidos faziam "parte de uma rede criminosa intercontinental" que "organizava o transporte [da droga] do Equador à Europa, gerenciava os fluxos de dinheiro por meio de diferentes empresas e testas de ferro, e mantinha o contato com os fornecedores", destacou a Europol.

Também detalhou que os grupos criminosos que operavam na Alemanha e na Espanha tinham empresas de transporte para "a posterior distribuição da droga dentro da UE".

O Equador, anteriormente um país tranquilo, foi tomado nos últimos anos por organizações de narcotráfico que aumentaram significativamente a insegurança. A taxa de homicídios passou de 6 por cada 100.000 pessoas em 2018 para 38 em 2024, com um recorde histórico de 47 em 2023.

Cerca de 73% da cocaína produzida no mundo passa pelo Equador, segundo um relatório do Ministério do Interior compilado pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC).

pld/nn/ic/aa

© Agence France-Presse

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