Ipec: avaliação negativa do governo Lula supera a positiva pela 1ª vez
A avaliação negativa do governo Lula (PT) registrou piora e passou a superar a avaliação positiva pela primeira vez neste mandato, mostrou pesquisa Ipsos-Ipec divulgada hoje.
O que diz a pesquisa
Quase metade (41%) considera o governo ruim ou péssimo. Em fevereiro, o Ipec mostrou que Lula perdeu um em cada três de seus eleitores.
Avaliação do governo Lula
- Ruim/péssimo: 41% (era 34% em dezembro)
- Ótimo/bom: 27% (era 34% em dezembro)
- Regular: 30% (era 39% em dezembro)
- Não sei: 1%
Maioria desaprova maneira de Lula governar. A desaprovação subiu novos pontos percentuais.
- Aprova: 40% (era 47% em dezembro)
- Desaprova: 55% (era 46% em dezembro)
- Não sei: 4% (era 34% em dezembro)
Confiança em Lula também caiu. Comparado à pesquisa de dezembro, a quantidade de entrevistados que não confiam no presidente aumentaram.
- Confia: 40% (era 45% em dezembro)
- Não confia: 58% (era 52% em dezembro)
- Não sei: 2%
O Ipec ouviu duas mil pessoas de 16 anos ou mais em 131 municípios entre os dias 7 e 11 de março. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Avaliações do governo
A avaliação positiva da gestão do presidente Lula é mais acentuada entre:
- Quem declara ter votado em Lula em 2022 (52%);
- Moradores da região Nordeste (37%);
- Menos escolarizados (36%);
- Quem tem renda familiar de até 1 salário mínimo (34%);
- Católicos (34%).
Contudo, a avaliação negativa do governo Lula segue alta entre:
- Quem declara ter votado em Jair Bolsonaro na eleição de 2022 (72%);
- Aqueles que têm renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (59%);
- Mais instruídos (48%)
- Evangélicos (52%).
A avaliação positiva registra queda expressiva entre:
- Quem declara ter votado em Lula na eleição de 2022: de 64% para 52%;
- Moradores da região Nordeste: de 50% para 37%;
- Os menos escolarizados: de 47% para 36%;
- Quem possui renda familiar mensal de até 1 salário mínimo: de 46% para 34%;
- Católicos: de 41% para 34%;
- Quem tem 60 anos ou mais: de 42% para 32%;
- Mulheres: de 38% para 30%;
- Vivem no interior: de 36% para 29%;
- Moradores de municípios com até 50 mil habitantes: de 41% para 29%;
- Quem se autodeclara da raça/cor preta ou parda: de 37% para 27%;
- Moradores da região Sudeste: de 31% para 24%;
- Moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes: de 33% para 24% e,
- Jovens de 16 a 24 anos: de 34% para 22%.
*Com informações da Reuters