Egito, Hamas e OLP celebram declarações de Trump sobre não 'expulsar' palestinos de Gaza
Egito, Hamas e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) receberam com satisfação, nesta quinta-feira (13), os comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, depois que ele afirmou que "ninguém está expulsando os palestinos" da Faixa de Gaza.
Não ficou claro se os comentários de Trump sinalizaram um recuo em seu plano proposto de tomar território palestino e deslocar sua população para países vizinhos.
"Ninguém está expulsando os palestinos", disse Trump na quarta-feira na Casa Branca, respondendo à pergunta de um repórter sobre se os planos para "expulsar os palestinos de Gaza" estavam sendo discutidos durante sua reunião com o primeiro-ministro irlandês, Michael Martin.
O Egito, que junto com os Estados Unidos e o Catar atua como mediador nas negociações de trégua entre o Hamas e Israel, "expressou seu apreço pelas declarações do presidente americano, Donald Trump, sobre não exigir que os moradores da Faixa de Gaza se retirem".
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores chamou a declaração de Trump de uma "direção positiva" que deve ser aproveitada para promover os esforços de paz.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qasem, comemorou o que chamou de um "claro retrocesso" da proposta dos EUA para Gaza.
"As declarações de Trump sobre não expulsar os moradores de Gaza são bem-vindas", disse ele à AFP.
A proposta de Trump foi amplamente rejeitada, até mesmo pelos aliados dos EUA, e foi combatida por um plano árabe para reconstruir a Faixa de Gaza sob a futura administração da Autoridade Palestina.
"Apreciamos as declarações do presidente americano confirmando que os moradores da Faixa de Gaza não são obrigados a deixar sua terra natal", escreveu Hussein al-Sheikh, secretário-geral da OLP, uma organização que reúne facções palestinas, mas exclui o Hamas.
O plano, liderado pelo Egito, foi apresentado pela Liga Árabe e adotado pela Organização de Cooperação Islâmica, composta por 57 membros.
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