Autoridade do BCE diz que o governo dos EUA deve ser incentivado a evitar tarifas "muito prejudiciais"
BERLIM (Reuters) - A autoridade do Banco Central Europeu (BCE) Olli Rehn disse que o governo dos Estados Unidos precisa ser incentivado a evitar a alavancagem de tarifas "desnecessárias e muito prejudiciais" sobre a Europa por meio de uma solução negociada.
"A conclusão simples é que devemos buscar uma solução negociada", disse o presidente do banco central finlandês em um painel em Berlim nesta quinta-feira.
A União Europeia está pronta para impor tarifas sobre 26 bilhões de euros em produtos norte-americanos a partir do próximo mês, aumentando a guerra comercial global em resposta às tarifas gerais dos EUA sobre aço e alumínio, mas disse que continua aberta a negociações.
Rehn afirmou que o BCE está monitorando cuidadosamente como o governo Trump trata a independência do Federal Reserve e acrescentou que espera que o Congresso dos EUA mantenha controles e equilíbrios sobre a questão.
A abordagem do presidente dos EUA, Donald Trump, em relação às criptomoedas também está no radar do BCE, disse Rehn, acrescentando que o BCE está monitorando se haverá algum envolvimento do dinheiro dos contribuintes e, talvez, vínculos com stablecoins e, portanto, vínculos com o sistema baseado no dólar.
Se esse for o caso, "então isso tem um potencial bastante sério para criar riscos sistêmicos", disse ele.
(Reportagem de Miranda Murray)