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Mais de US$50 bi são necessários para reconstruir Gaza, aponta avaliação divulgada pelo Banco Mundial

18/02/2025 17h35

GENEBRA (Reuters) - Mais de US$50 bilhões serão necessários para reconstruir Gaza após o conflito de 15 meses entre Israel e Hamas no enclave palestino, de acordo com uma avaliação conjunta divulgada pelas Nações Unidas, União Europeia e Banco Mundial nesta terça-feira.

A Avaliação Interina Rápida de Danos e Necessidades (IRDNA) disse que são necessários US$53,2 bilhões para a recuperação e reconstrução do enclave nos próximos dez anos, com US$20 bilhões demandados nos primeiros três anos.

A campanha militar de Israel em Gaza foi lançada em resposta ao ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, no qual 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns, de acordo com registros israelenses. A operação de Israel matou mais de 48.000 pessoas, de acordo com autoridades de saúde de Gaza, e deixou o enclave em ruínas.

Anos de trabalho de reconstrução, que incluirá a remoção de artefatos explosivos não detonados e milhões de toneladas de entulho, estão por vir.

O relatório, publicado em meio a um frágil cessar-fogo que começou no mês passado, alertou ainda não haver condições para o início dos trabalhos de recuperação e reconstrução em larga escala devido à falta de clareza sobre como o enclave será administrado após a guerra e quais serão as medidas de segurança.

"A velocidade, a escala e o escopo da recuperação serão moldados por essas condições", afirmou.

A avaliação apontou que mais de 292.000 casas foram destruídas ou danificadas e 95% dos hospitais não estão funcionando, enquanto a economia local sofreu uma contração de 83%.

Mais da metade do custo total estimado para a reconstrução, ou US$29,9 bilhões, será necessário para reparar danos a edifícios e outras infraestruturas, incluindo moradias, que exigirão cerca de US$ 15,2 bilhões para serem reconstruídas, disse.

Outros US$19,1 bilhões serão necessários para compensar as perdas sociais e econômicas, incluindo os setores de saúde, educação, comércio e indústria devastados pelo conflito, afirmou o documento.

(Por Emma Farge e James Mackenzie)

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