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Casa Branca diz que cartéis do narcotráfico 'têm uma aliança com o governo do México'

O presidente dos EUA, Donald Trump - Elizabeth Frantz/REUTERS
O presidente dos EUA, Donald Trump Imagem: Elizabeth Frantz/REUTERS

01/02/2025 19h35

Os cartéis do narcotráfico "têm uma aliança com o governo do México", acusou a Casa Branca neste sábado (1º).

Em uma mensagem na rede social X, o governo do presidente Donald Trump anunciou a imposição de tarifas alfandegárias de 25% ao México até que o país "coopere com os Estados Unidos na luta contra as drogas", alegando que os grupos de narcotraficantes "colocam em risco a segurança nacional e a saúde pública" do país.

"São os principais traficantes mundiais de fentanil, metanfetamina e outras drogas", afirmou.

Enquanto a Casa Branca anunciava as tarifas, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, estava participando de um evento público. Ela não se referiu explicitamente ao assunto, mas reiterou sua posição anterior.

"Eu estou tranquila, com a cabeça fria, porque sei que a economia do México é muito poderosa, muito forte [...]. Não me sinto sozinha", declarou.

Com o objetivo declarado de "proteger os americanos da crise do fentanil", um opioide sintético 50 vezes mais potente que a heroína, Washington também impôs tarifas de 25% sobre os produtos de origem canadense (com exceção dos hidrocarbonetos, que serão taxados em 10%) e mais 10% sobre os já existentes para os bens chineses, anunciou a presidência americana.

O fentanil é a principal causa de morte entre os americanos de 18 a 45 anos, segundo as autoridades de saúde dos Estados Unidos.

"Há uma crescente produção de fentanil no Canadá, e foi apreendido na fronteira norte no ano fiscal passado fentanil suficiente para matar 9,8 milhões de americanos", acusou a Casa Branca, que também afirma que as travessias ilegais da fronteira com o Canadá atingiram recordes históricos.

A tarifa alfandegária adicional de 10% para a China será mantida até uma "plena cooperação do governo chinês" na luta contra o fentanil, diz a mensagem.

Os Estados Unidos acusam a China de desempenhar um "papel central" nesta crise e o "partido comunista" que governa o país de ter "subsidiado empresas químicas chinesas para exportar fentanil".

Na visão do governo americano, "a China não só não consegue conter a fonte de drogas ilícitas, como também contribui ativamente para esse negócio".

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