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Investigação sobre acidente nos EUA: controlador de tráfego aéreo é ouvido

Barcos da polícia fazem buscas por vítimas de acidente aéreo nos Estados Unidos -  REUTERS/Carlos Barria
Barcos da polícia fazem buscas por vítimas de acidente aéreo nos Estados Unidos Imagem: REUTERS/Carlos Barria
do UOL

Colaboração para o UOL, em Campinas (SP)

31/01/2025 20h54

Em entrevista coletiva na noite desta sexta-feira (31), Todd Inman, um dos membros do NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA, em tradução livre), disse que não haverá qualquer indicação de mudanças nos procedimentos aéreos enquanto o relatório final do acidente com um helicóptero militar e um avião da American Airlines em Washington, na última quarta-feira (29), não for finalizado.

O que aconteceu

Controlador de tráfego aéreo que estava trabalhando na hora do acidente foi ouvido. Outras testemunhas também já prestaram esclarecimentos ao NTSB. Todos os funcionários que trabalharam nas 72 horas anteriores ao acidente também vão ser ouvidos. Todd Inman disse que esse período de tempo pode ser ampliado se o conselho achar necessário.

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Informações passadas pelos profissionais serão confrontadas com um relatório preliminar do FAA (Administração Federal de Aviação, em tradução livre) que apontava que ao menos dois controladores deveriam estar trabalhando na hora do acidente. Falta de profissionais é uma demanda antiga da aviação norte-americana. Sobrecarga de trabalho e uma questão técnica que impede que pilotos de helicópteros e aviões ouçam o que cada um conversa com um controlador são investigadas como fatores que "contribuíram" para o acidente.

Caixa preta com os dados do voo foi recuperada em boas condições. O equipamento que gravou as conversas na cabine do avião teve infiltração de água. Segundo o conselho de segurança, não é uma situação incomum, e um tratamento especial está sendo feito para tirar a umidade. Ainda não foi possível baixar as gravações, segundo Inman.

Conselho Nacional não vai emitir nenhuma recomendação de segurança enquanto a investigação não for concluída. "Não especularemos sobre o que precisa ser feito até termos os fatos", disse Inman. NTSB tem por função emitir relatórios e recomendar alterações de segurança após acidentes e incidentes. O representante disse que, das 15 mil recomendações feitas nos últimos anos, 84% foram aceitas pelas agências federais.

Barcaças estão a caminho do rio Potomac para ajudar no trabalho de remoção de corpos e dos destroços das aeronaves. O integrante do Conselho de Segurança disse que existem dois pontos onde estão a maior parte das peças do helicóptero e do avião, e alguns pequenos focos onde estão partes menores.

Relembre o acidente

Um avião comercial da American Airlines e um helicóptero Black Hawk do Exército dos EUA caíram, na noite desta quarta-feira (29), no rio Potomac após uma colisão aérea perto do Aeroporto Nacional Reagan, em Washington DC. O avião transportava 60 passageiros e quatro tripulantes de Wichita, Kansas (ICT) para o Aeroporto Nacional Washington Reagan (DCA). No helicóptero militar, três soldados estavam a bordo.

Todos os ocupantes das duas aeronaves morreram. 41 dos 67 corpos já foram resgatados do rio Potomac, segundo Vito Maggiolo, porta-voz do departamento de incêndio e emergência de Washington.

Entre os passageiros do avião, estavam dois russos ex-campeões mundiais de patinação. O Kremlin confirmou que os treinadores de patinação no gelo Yevgenia Shishkova e Vadim Naumov estavam a bordo, além de uma equipe do país.

Helicóptero Black Hawk realizava treinamento. O Exército dos EUA confirmou o envolvimento da aeronave no acidente, além de afirmar que está colaborando com "as autoridades e forneceremos informações adicionais". A agência de notícias Associated Press divulgou que o helicóptero fazia um treinamento no momento da colisão.

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